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Brasil leva comitiva com 140 empresas à França para atrair investimentos e abrir mercados

Durante a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à França, nesta semana, o Brasil estará fortemente representado em Paris não apenas no campo político, mas também no econômico. Uma comitiva formada por 140 empresas e entidades brasileiras participa do Fórum Econômico Brasil-França, que será realizado nesta sexta-feira (6). O evento reúne autoridades e empresários dos dois países com foco em investimentos, inovação, transição energética e infraestrutura.

A iniciativa é organizada pela ApexBrasil, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Movimento das Empresas da França (MEDEF).

“A aproximação entre o Brasil e a França é estratégica para a nossa indústria. Trata-se de um parceiro relevante em inovação, sustentabilidade e investimentos de alto valor agregado. Estreitar esses laços significa abrir portas para a transferência de tecnologia, ampliação do acesso ao mercado europeu e atração de investimentos que impulsionam a competitividade do parque industrial brasileiro”, destacou o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Setores estratégicos em destaque

A delegação empresarial inclui nomes de peso da indústria nacional, como BRF, Embraer, Vale, Braskem, BNDES, Sanofi, Schneider Electric e Stefanini. Os setores representados abrangem áreas estratégicas como tecnologia, alimentos, finanças, saneamento, energias renováveis, agroindústria, farmacêutico, mineração e máquinas e equipamentos.

Durante o fórum, serão realizados painéis sobre descarbonização e transição energética, mobilidade e infraestrutura, investimentos verdes e o papel do setor privado na COP30, que será realizada no Brasil em 2025. Também está prevista uma sessão ministerial com participação de autoridades dos dois governos.

Potencial de crescimento no comércio bilateral

Apesar de a França ser o 9º maior fornecedor de bens ao Brasil, a participação brasileira nas importações francesas ainda é reduzida — apenas 0,6%. O comércio bilateral apresenta características distintas: enquanto o Brasil exporta principalmente minerais e produtos agrícolas, a França envia ao país máquinas, motores, medicamentos e produtos de alto valor agregado.

A expectativa com o encontro é equilibrar essa balança comercial e aumentar a presença de produtos brasileiros na Europa. Atualmente, mais de 900 empresas francesas atuam no Brasil, empregando cerca de 700 mil pessoas, o que demonstra o potencial de aprofundamento das relações econômicas.

Alinhamento ambiental e diplomático

O tema ambiental tem ganhado destaque nas relações entre os dois países. Em 2023, Brasil e França lançaram o documento “Chamado à Ambição Climática de Paris a Belém, e além”, comprometendo-se com ações conjuntas para enfrentar a crise climática, em sintonia com os objetivos da Agenda 2030 e do Acordo de Paris.

O Fórum Econômico Brasil-França se apresenta como mais uma etapa estratégica desse esforço de integração entre os dois países, tanto no plano ambiental quanto na construção de uma agenda econômica moderna e sustentável.

 Voz de Brasília 

Fonte: Blog do Riella

Foto: foto da web