Em entrevista à revista norte-americana The New Yorker, publicada nesta quinta-feira (8/5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou o avanço econômico e tecnológico da China e rechaçou a ideia de uma nova Guerra Fria entre o país asiático e os Estados Unidos.
“Graças a Deus temos a China que, do ponto de vista tecnológico, é muito avançada e pode competir no mundo da inteligência artificial, oferecendo uma alternativa nesse debate”, afirmou o presidente. Lula destacou que a crescente animosidade ocidental em relação à China resulta dos avanços do país no mercado internacional.
Ao relembrar os anos 1980, o presidente criticou a postura dos líderes ocidentais da época, como Ronald Reagan e Margaret Thatcher, que estimularam a globalização e o livre comércio. “A China começou a produzir tudo o que era feito nos Estados Unidos e na Europa. Eles copiaram com habilidade, aprenderam a produzir tão bem quanto, ou até melhor. Agora que se tornaram competitivos, tornaram-se inimigos”, disse, em tom de crítica.
Lula reforçou que o Brasil não aceita a lógica de polarização global. “Não aceitamos a ideia de uma segunda Guerra Fria. Quanto mais semelhantes tecnológica e militarmente forem os países, mais precisarão dialogar, porque não tenho certeza se o planeta suportaria uma Terceira Guerra Mundial”, declarou.
Nesta quinta-feira, Lula está em Moscou para se encontrar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e acompanhar o desfile militar que celebra os 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
Fonte: CNN Brasil
Foto: foto da web
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