Economia

Bovespa opera em queda após renovar recorde na véspera

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Na véspera, a bolsa brasileira fechou em alta de 2,53%, a 118.573 pontos, renovando recorde de pontuação. O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, abriu em queda nesta sexta-feira (3), em dia de nervosismo nos mercados internacionais após ataque aéreo dos Estados Unidos matar em Bagdá um dos principais chefes militares do Irã, provocando preocupações sobre a escalada das tensão no Oriente Médio.
Às 10h19, o Ibovespa caía 0,97%, a 117.429 pontos. Veja mais cotações.
Já o dólar opera em alta, sendo negociado no patamar de R$ 4,06.
Entre as principais baixas, as ações da Gol e da Azul caíam mais de 3%, reagindo à disparada dos preços do petróleo. Na outra ponta, Petrobras tinha alta perto de 1%.
Na véspera, a bolsa brasileira fechou em alta de 2,53%, a 118.573 pontos, renovando recorde de pontuação.
Entenda a tensão
Um ataque aéreo dos EUA no aeroporto de Bagdá matou o major-general Qassem Soleimani, arquiteto da crescente influência militar do Irã no Oriente Médio, provocando preocupações sobre a escalada das tensões regionais e a interrupção do fornecimento de petróleo. Líderes iraquianos prometeram “vingança”.
As principais bolsas internacionais operam em queda nesta sexta-feira.
“Os mercados financeiros estão aguardando a resposta do Irã, que provavelmente terá um impacto abrangente em todas as classes de ativos”, destacou Edward Moya, analista da corretora Oanda.
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que o ataque dos Estados Unidos no Iraque, no qual foi morto o general iraniano Qassem Soleimani, “vai impactar” o preço dos combustíveis no Brasil.
“Que vai impactar, vai. Agora, vamos ver nosso limite aqui. Porque, se subir, já está alto o combustível, se subir muito complica. Agora, o que eu gostaria que vocês fizessem é que mostrasse para o povo duas coisas: primeiro que eu não posso tabelar nada. Pediram para tabelar carne. Já fizemos essa política de tabelamento no passado e não deu certo”, disse o presidente.
A equipe da XP Investimentos destaca que “normalmente, a Petrobras não tem reagido a movimentos de curto prazo, principalmente quando não há mudança estrutural de oferta e demanda, como foi o caso do ataque à Arábia Saudita em setembro”.