Economia

B3 espera avanço em discussão com governo para simplificar impostos sobre renda variável

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Cobrança simplificada sobre ganhos com ações ajudaria a popularizar investimento em bolsa, diz presidente da instituição. Imagem do interior da B3, Bolsa de Valores de SP
Cris Faga/Estadão Conteúdo
A B3 espera progressos em 2020 nas discussões com o governo federal sobre a adoção de um modelo mais simplificado de tributação sobre os ganhos dos investidores com investimentos em renda variável, disse nesta quinta-feira (2) o presidente-executivo da bolsa brasileira, Gilson Finkelsztain.
“Temos um grupo de trabalho sobre esse tema e esperamos ter progressos a respeito neste ano”, disse o executivo a jornalistas em teleconferência após anúncio de ajustes na política de tarifação da companhia.
De acordo com Finkelsztain, simplificar a cobrança de Imposto de Renda sobre ganhos com ações é uma demanda antiga do mercado e, se for resolvida, pode ajudar a popularizar esse tipo de investimento.
Isso já vem acontecendo. Em 2019, na esteira de um ciclo de corte da Selic para a mínima histórica de 4,5% ao ano, investidores passaram a buscar ativos de maior risco, mas que ofereçam melhores rentabilidades.
Assim, em 2019, ano em que o Ibovespa subiu 31,5%, o número de investidores pessoa física ativos nos registros da B3 quase dobrou, para 1,5 milhão de pessoas.
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Menos tarifas
Mais cedo, a B3 anunciou redução e simplificação de suas próprias tarifas, com foco no pequeno investidor de varejo. As alterações devem implicar redução de aproximadamente 250 milhões de reais nas receitas da companhia.
O anúncio veio dias após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abrir audiência pública com propostas para incentivar a concorrência no mercado de bolsa brasileiro, que a B3 opera sozinha. E também após a conclusão de arbitragem que definiu os parâmetros para acesso da ATS, empresa interessada em ser infraestrutura de mercado financeiro, de serviços da B3.
Para Finkelsztain, porém, a B3 já estava estudando a possibilidade de reestruturar sua política de tarifas e a decisão não teve a ver com possível concorrência. “Foi coincidência”, disse ele.

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