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IN MEMORIAM: ISMAEL MENDES – Os sonhos não morrem com a idade

IN MEMORIAM: ISMAEL MENDES – Os sonhos não morrem com a idade

Ismael Mendes não perdeu o sonho de voar ao longo dos anos

 

Depois de ser obrigado, por problemas de saúde, a parar de dirigir, Ismael Mendes decidiu que era hora de vender tudo e descansar. Mas aquilo não significava o fim para o homem que trabalhou toda sua vida com transporte de cargas.

Mesmo tendo em mente que era hora de desacelerar o ritmo de vida, percebeu que não conseguia ficar parado, sem fazer nada. Foi quando colocou o sonho de voar em prática. Trocou os volantes, que antes guiavam carretas pelas estradas do país, para desbravar o céu.

A vontade de voar era tamanha que, antes mesmo de tirar seu brevê, a carteira de motorista para pilotos de avião, Ismael já tinha comprado seu primeiro avião de pequeno porte, além de construir um hangar no Aeroclube de Luziânia (GO). Caso não conseguisse a autorização, segundo ele, arrumaria alguém para pilotar. Mas o céu não ia deixar de sobrevoar.

Porém, não foi preciso. No ano de 2004, aos 57 anos, começou o curso. Depois de cursar cinco matérias teóricas e ter 40 horas de vôo registradas, conseguiu a permissão para pilotar, aos 59 anos de idade.

Normalmente, aspirantes a piloto começam esse curso ainda jovens, mas a idade não foi problema para o homem que acreditava que velhice depende mais da mente do que a data de nascimento. “Você não pode desanimar. Eu considero que a pessoa é velha quando ela para de criar, de querer fazer alguma coisa. Isso envelhece. Hoje tem pessoas com 40 anos que já são velhas, que não tem mais disposição. Eu me mantenho vivo por essa vontade”.

A força de vontade também foi importante para que Ismael conseguisse realizar seu sonho. Ainda que muitas pessoas acreditem que voar é algo de outro mundo, um dos maiores nomes do Aeroclube de Luziânia sempre gostava de levar em suas viagens e passeios pessoas que ainda não tinham voado, para explicar, mostrando na prática, que pilotar não é algo de outro mundo.

“Tem muito piloto que gosta de fazer pano preto, todo aquele drama, como se fosse a coisa mais difícil. Mas não é nada disso. Qualquer um, com um pouquinho de boa vontade, que queira se dedicar, consegue. Não tem aquela aura toda não”, relembra em entrevista à Voz de Brasília TV.

 

Assista a entrevista na íntegra no nosso canal oficial no Youtube: Voz de Brasília TV.

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