Nesta quarta-feira (8/5), é celebrado o Dia Mundial do Câncer de Ovário, data voltada à conscientização sobre uma das neoplasias mais agressivas que acometem as mulheres. Embora represente apenas 3% dos casos de câncer feminino, a doença apresenta alta taxa de letalidade, segundo especialistas.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) informa que seus hospitais universitários federais oferecem atendimento contínuo e tratamento especializado para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) acometidos pela enfermidade.
De acordo com a médica Inacelli Queiroz, especialista em tumores ginecológicos do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), a idade avançada é um dos principais fatores de risco. “Apesar de ser considerada uma neoplasia relativamente rara, o câncer de ovário é extremamente agressivo”, afirmou.
O câncer de ovário pode surgir em diferentes tipos de células – epiteliais, germinativas ou do estroma sexual – e muitas vezes não apresenta sintomas nas fases iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce. Entre os sinais de alerta estão dor ou inchaço no abdômen e pelve, problemas digestivos, perda de apetite e dores nas costas ou pernas.
Segundo o ginecologista Julio Ferro, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), fatores genéticos também elevam o risco da doença. Portadoras de mutações nos genes BRCA1, BRCA2 ou da síndrome de Lynch têm maior predisposição. “Em casos de risco genético, recomendamos a cirurgia preventiva de retirada dos ovários e trompas (salpingooforectomia bilateral) após o planejamento familiar”, explicou.
Histórias de superação
A diarista Dalzinez Soares, 57 anos, paciente do HC-UFG, descobriu o câncer após episódios de dor intensa no estômago e aumento do abdômen. Submetida a cirurgia e quimioterapia, ela agora realiza acompanhamento semestral. História semelhante é a de Lourdes Maria Monteiro dos Santos, também de 57 anos, de Maceió, que detectou a doença em 2024 após sentir dores na perna e observar alterações abdominais. Ela passou por cirurgia de emergência e atualmente faz quimioterapia no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA-Ufal).
O tratamento do câncer de ovário é multidisciplinar e personalizado, considerando o estágio da doença, o tipo de tumor e as condições clínicas da paciente. Cirurgia e quimioterapia são as abordagens mais comuns.
Nos hospitais da Rede Ebserh, o atendimento é integral e humanizado, buscando oferecer não apenas o tratamento oncológico, mas também suporte emocional e social às pacientes.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh administra atualmente 45 hospitais universitários federais. As unidades prestam atendimento ao SUS e contribuem para a formação de profissionais da saúde, além de desenvolver pesquisas e promover a inovação no setor.
Fonte: agência gov
Foto: foto da web
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