Economia

CSN fecha segundo trimestre com lucro e prevê queda na alavancagem em 2020

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Empresa registrou lucro líquido de R$ 446 milhões no segundo trimestre ante prejuízo de R$ 1,3 bilhão um ano antes. A Companhia Siderúrgica Nacional divulgou nesta terça-feira (28) lucro líquido de R$ 446 milhões no segundo trimestre ante prejuízo de R$ 1,3 bilhão um ano antes, em um resultado impulsionado por preços maiores de aço e efeitos financeiros.
Apesar disso, a empresa encerrou o trimestre com um aumento na alavancagem financeira, que passou a 5,17 vezes, medida pela relação dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado. Nos três primeiros meses de 2020, a relação tinha sido de 4,78 vezes.
CSN Arcos
CSN/Divulgação
Mas a empresa divulgou projeções aos investidores, afirmando que vai chegar até ao fim de 2020 com uma alavancagem de 3,75 vezes e que a conta vai cair para 3 vezes até o fim de 2021.
A alavancagem avançou, apesar de a empresa ter acertado no período acordos de rolagem de dívida de R$ 1,7 bilhão com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. A CSN também afirmou no balanço que deve concluir no terceiro trimestre renegociações com bancos privados.
Com isso, o cronograma de amortização de dívida da CSN passou a ser de R$ 1,5 bilhão este ano, R$ 3,9 bilhões em 2021, R$ 5,3 bilhões em 2022 e de R$ 8,5 bilhões em 2023.
A agência de classificação de risco S&P manteve perspectiva negativa para a CSN, citando que a alavancagem da empresa “seguirá acima de 6 vezes nos próximos anos, e uma desalavancagem mais estrutural, com redução da dívida bruta, dependeria da venda de ativos”, algo que a administração da empresa tem prometido há anos.
No fato relevante sobre a projeção de endividamento, a CSN não deu detalhes sobre como se dará a redução da alavancagem este ano e em 2021.
A companhia teve Ebitda ajustado de R$ 1,925 bilhão no segundo trimestre, redução de 19% sobre o desempenho de um ano antes. A companhia teve queda de 14% nas vendas de aço e de 24% nas exportações de minério de ferro, diante dos efeitos da pandemia de Covid-19.
Com isso, a receita líquida recuou 10%, a R$ 6,22 bilhões no trimestre.
Mas a última linha do balanço recebeu impulso do resultado financeiro positivo de R$ 285 milhões, ante desempenho negativo de R$ 358 milhões um ano antes, fruto de valorização das ações que detém na rival Usiminas, “que gerou ganho sem efeito caixa de R$ 523 milhões, bem como receitas financeiras oriundas de créditos indenizatórios”, afirmou a CSN.
As ações da CSN fecharam em alta de 0,5% nesta terça-feira.