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IMPOSTOS E JUROS DEIXAM O BRASIL MAL NO RANKING DA COMPETIVIDADEB

IMPOSTOS E JUROS DEIXAM O BRASIL MAL NO RANKING DA COMPETIVIDADE
A economia brasileira está no penúltimo lugar no ranking de competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que analisa 18 países. O Brasil só ganha da Argentina.
O estudo da CNI compara o Brasil com economias de características similares. Os países mais competitivos são Coreia do Sul, Canadá e Austrália.

O mapeamento da CNI mostrou que o Brasil tem colocações mais favoráveis no quesito tecnologia e inovação (8ª lugar), trabalho (9ª posição) e estrutura produtiva (12º lugar).
Mas segue na lanterna em financiamento e na penúltima posição em tributação.

Segundo a CNI, o Brasil apresenta a mais alta taxa de juros real de curto prazo (8,8%) e o maior spread da taxa de juros (32,2%). Esses dois fatores ajudam a explicar o elevado custo de financiamento, mesmo com a redução da Selic para 2,25% ao ano.

REFORMA – Ministério da Economia planeja apresentar o restante das sugestões sobre a Reforma Tributária até meados de agosto. Deve enviar propostas que abranjam Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Renda sobre pessoas físicas e jurídicas, e desoneração da folha de pagamento.

A equipe econômica ainda avalia a criação de imposto sobre transações financeiras digitais, mas sabe que esta proposta tem fortes reações nas áreas políticas.

EMPREGOS – O Brasil fechou 10.984 vagas formais de trabalho em junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Junho teve 16% menos desligamentos (166.799) e 24% mais admissões (172.520) do que maio.

Em maio, o Brasil havia encerrado 350.303 vagas formais. Em abril, a crise com o coronavírus levou ao fechamento de 902.841 postos.
No acumulado do ano, o saldo do emprego formal fechou o primeiro semestre negativo em 1.198.363, resultado de 6.718.276 admissões e 7.916.639 desligamentos.

AGRONEGÓCIO – As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 16,5% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2019, segundo estudo do Cepea, da USP.
Nos seis primeiros meses deste ano, o faturamento com as vendas externas do agronegócio totalizou US$ 52 bilhões.

A China ampliou sua participação nas exportações brasileiras, passando de 33,4% para aproximadamente 40%.
Os países da zona do euro e os Estados Unidos aparecem em seguida, no percentual total de exportações brasileiras entre janeiro e junho deste ano, com 14,5% e 5,9% de participação, respectivamente.

O aumento na venda de produtos agrícolas brasileiros ocorreu por conta do crescimento na exportação dos produtos do complexo da soja (grão, óleo e farelo), carnes (suína, bovina e de aves), de algodão, açúcar, etanol e celulose.

DÓLARES – Investidores retiraram US$ 31,252 bilhões de aplicações financeiras no Brasil nos seis primeiros meses deste ano, segundo o Banco Central.

O valor inclui ações, fundos de investimentos e títulos da renda fixa.
As retiradas são motivadas pela pandemia.
No entanto, em junho, o BC registrou ingresso de US$ 2,38 bilhões em aplicações financeiras no Brasil, talvez num início de recuperação.

RECURSOS – Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 120,231 milhões aos Fundos de Saúde dos Estados e do Distrito Federal.
Recursos a serem destinados ao fortalecimento da Vigilância Laboratorial nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen).

VACINA – Ministério da Saúde confirmou que o Brasil encomendou 100 milhões de unidades da vacina de Oxford contra a covid-19.
Caso a imunização se comprove eficaz e segura, o primeiro lote, de 15 milhões de vacinas, deve chegar em dezembro deste ano.

NÚMEROS – A pandemia gerou 88.539 mortes no Brasil. Nas últimas 24 horas, foram registrados 921 óbitos (com carência de dados de São Paulo e Pará no dia de ontem).

Os estados com mais mortes são: São Paulo (21.676), Rio de Janeiro (13.033), Ceará (7.613), Pernambuco (6.421) e Pará (5.716).
As Unidades da Federação com menos óbitos causados pela pandemia são: Mato Grosso do Sul (328), Tocantins (357), Roraima (479), Acre (500) e Amapá (558).

PRIVATIZAÇÕES – O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, informou que mais de 100 leilões de ativos serão implementados.
Destacou os projetos de concessão das rodovias BR-116/101 (a Nova Dutra, entre Rio de Janeiro e São Paulo) e a BR-163, no Pará, e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, além da sexta rodada de concessão de 22 aeroportos.

ECONOMIA – Dólar fechou ontem a R$ 5,157.
E a Bolsa de Valores atingiu 104.109 pontos.