Economia

Banco Central diz que clientes de bancos têm cerca de R$ 8 bilhões a receber das instituições

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Valor é referente a tarifas cobradas indevidamente e saldo não sacado, por exemplo. BC anunciou criação de sistema para pessoas e empresas consultarem se têm dinheiro a receber. O Banco Central informou nesta terça-feira (1º) que os clientes de bancos têm cerca de R$ 8 bilhões a receber das instituições.
Esse montante, conforme o BC, é referente a parcelas e tarifas cobradas indevidamente, além de saldo não sacado após encerramento de conta, por exemplo. Segundo o banco, parte das pessoas não sabe ou não se lembra que tem o dinheiro a receber.
As informações foram dadas durante o anúncio da criação de um sistema para que pessoas e empresas possam consultar se têm algum valor a receber. A expectativa é que o sistema esteja em funcionamento em dezembro (leia detalhes mais abaixo).
O objetivo do sistema é justamente dar publicidade a esses valores e facilitar a consulta. Para receber o dinheiro, pessoas e empresas têm que entrar em contato com a instituição financeira.
“Além disso, a perspectiva de recebimento de valores baixos pode não motivar as pessoas a procurarem as instituições financeiras com as quais mantém ou mantiveram relacionamento atrás de informações”, afirmou o BC em nota.
Sistema em dezembro
A expectativa é que o sistema esteja em funcionamento em dezembro, informou o BC. O programa vai se chamar Sistema de Informações de Valores a Receber (SVR), e a consulta será online.
O sistema será alimentado pelas seguintes informações que os bancos e demais instituições financeiras precisam repassar ao Banco Central:
contas de depósitos em moeda nacional encerradas com saldo disponível;
contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários utilizadas para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível;
tarifas cobradas indevidamente, não devolvidas ou sujeitas à devolução em decorrência de compromissos com entidades e órgãos reguladores e de fiscalização;
parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, não devolvidas ou sujeitas à devolução em decorrência de compromissos com entidades e órgãos reguladores e de fiscalização;
cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;
recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados;
outras situações que englobem valores a devolver reconhecidos pelas instituições financeiras.
A partir de outubro, as instituições precisam enviar as informações ao BC mensalmente, exceto no caso dos recursos relativos a grupos de consórcio, que serão informados trimestralmente.