Economia

Balança comercial tem superávit de US$ 9,29 bilhões em maio, recorde para o mês

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Série histórica da balança comercial brasileira tem início em 1989. alta demanda mundial por produtos básicos, como alimentos e minério de ferro, e a disparada do dólar tem favorecido o saldo comercial. A balança comercial registrou um superávit de US$ 9,291 bilhões em maio, informou o Ministério da Economia nesta terça-feira (1).
O saldo positivo é registrado quando as exportações superam as importações. Se ocorre o contrário, é registrado déficit comercial.
No mês passado, as vendas externas somaram US$ 26,948 bilhões e as compras do exterior totalizaram US$ 17,657 bilhões, segundo números oficiais.
De acordo com o governo, esse é o maior superávit comercial para o mês de maio desde o início da série histórica do Ministério da Economia, em janeiro de 1989.
Até então, o maior superávit mensal para maio havia sido registrado no ano passado, quando as exportações superaram as compras do exterior em US$ 6,837 bilhões (valor revisado).
O bom resultado, entre outros fatores, está relacionado à forte demanda mundial por produtos básicos, como alimentos e minério de ferro, que ficam mais caros, além da alta do dólar no Brasil – que torna as vendas externas brasileiras mais rentáveis.
Parcial do ano
No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, o governo informou que a balança teve saldo positivo de US$ 27,529 bilhões, valor 74,3% maior do que o registrado em no mesmo período de 2020, quando foi registrado um saldo positivo de US$ 15,793 bilhões.
De janeiro a maio, as exportações somaram US$ 109,065 bilhões, uma alta de 31,1% na média diária em relação ao mesmo período do ano passado, e as importações somaram US$ 81,563 bilhões, uma alta de 20,9%.
Exportações e importações
Segundo o Ministério da Economia, as exportações cresceram 46,5%, pela média diária, em maio deste ano, na comparação com o mesmo período de 2020.
Os dados oficiais mostram uma alta de 43% nas vendas externas de produtos agropecuários, de 85,8% na indústria extrativa e de 34,6% em produtos da indústria de transformação.
Na agropecuária, se destacaram as vendas de soja ( 48,8%); algodão em bruto ( 82,5%); frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas ( 41,2%); e mel natural ( 129,4%).
Já as compras do exterior subiram 57,4% em maio deste ano, também na comparação com o mesmo mês de 2020.
Nesse caso, cresceram as importações de produtos agropecuários ( 36,8%%); da indústria extrativa ( 107,5%) e de produtos da indústria de transformação ( 56,5%). A comparação também foi feita contra maio do ano passado.
Principais compradores
China, Hong Kong e Macau: vendas cresceram 36% nos cinco primeiros meses do ano, e atingiram US$ 38,08 bilhões.
União Europeia: exportações avançaram 16,3% de janeiro a maio, e atingiram US$ 14,07 bilhões.
Estados Unidos: vendas cresceram 25,4% no acumulado do ano, e atingiram US$ 10,67 bilhões.
Argentina: exportações subiram 54,9% de janeiro a maio, e atingiram US$ 4,79 bilhões.
Previsão para 2021
O Ministério da Economia acredita que a balança comercial brasileira vai ter um superávit de US$ 89,4 bilhões em 2021. Se confirmado esse valor, o resultado será 75% maior que o obtido em 2020 e recorde para a série histórica.
A projeção da pasta é que as exportações cresçam 27% em 2021 e cheguem a US$ 266,6 bilhões. Já as importações devem crescer menos, 11,6%, atingindo US$ 177,2 bilhões.
Segundo o Banco Central, a balança comercial brasileira deverá registrar em 2021 um superávit de US$ 70 bilhões. Para o mercado financeiro, o saldo positivo deverá totalizar US$ 68 bilhões neste ano.