Economia

Vice-presidentes do Banco do Brasil renunciam uma semana após posse de Fausto Ribeiro

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Carlos André, vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores, vai se aposentar, enquanto Mauro Ribeiro Neto, vice-presidente corporativo, saiu alegando ‘motivos pessoais’. Banco do Brasil
REUTERS/Adriano Machado
Dois vice-presidentes do Banco do Brasil (BB) renunciaram aos cargos na noite desta terça-feira (13), uma semana após a posse do novo presidente, Fausto Ribeiro.
Carlos André, vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores e funcionário de carreira do banco, vai se aposentar, enquanto Mauro Ribeiro Neto, vice-presidente corporativo, saiu do banco alegando ‘motivos pessoais’.
Presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil alega interferência política e renuncia
Neto estava no BB há dois anos e meio, depois de ter trabalhado no extinto Ministério do Planejamento e na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
De acordo com fato relevante divulgado à Comissão de Valores Mobiliários (CMV), foram indicados para substituir André e Neto, respectivamente, José Ricardo Forni, atual diretor de suprimentos, infraestrutura e patrimônio do BB, e o advogado Ênio Mathias Ferreira, diretor de governo da instituição financeira.
Segundo comunicado divulgado pelo banco, os nomes ainda precisam ser aprovados pelo conselho de administração.
Fausto de Andrade Ribeiro, novo presidente do Banco do Brasil
Divulgação/Banco do Brasil
Eficiência e desinvestimento
O novo presidente-executivo do Banco do Brasil, empossado após o presidente Jair Bolsonaro demitir seu antecessor, André Brandão, devido a planos de fechamento de agências, disse nesta segunda-feira (5) que vai priorizar melhoria da eficiência da instituição e desinvestimento em ativos não essenciais.
“É inegociável buscar eficiência, lucros crescentes, rentabilidade compatível com as principais instituições financeiras”, escreveu Fausto Ribeiro, em carta aos funcionários do Banco do Brasil, citando um ambiente competitivo mais desafiador.
Bolsonaro confirmou Ribeiro como o novo presidente-executivo do BB em 2 de abril, em um movimento que levou dois membros do conselho a renunciar por causa do que eles descreveram como “falta de experiência do executivo”.
Entre suas prioridades, Ribeiro também citou a venda de ativos não essenciais. O BB colocou à venda, por exemplo, sua unidade de gestão de ativos.