Economia

Trump chama invasão ao Capitólio de 'ataque odioso' e pede 'cura e reconciliação' aos EUA

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Em 1ª aparição após a retirada dos invasores do Congresso e da certificação de Joe Biden como presidente eleito, republicano diz que aqueles que desrespeitaram a lei ‘vão pagar’. Discurso foi publicado em seu Twitter, após desbloqueio de seu perfil na rede. Donald Trump, em vídeo gravado nesta quinta-feira (7), faz discurso em tom de despedida da presidência dos EUA horas depois de o Congresso certificar vitória de Joe Biden nas eleições
Twitter/via Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou nesta quinta-feira (7) um vídeo em que reconhece que deixará o cargo em 20 de janeiro e condena a violência durante a invasão de apoiadores ao Capitólio. É a primeira aparição do presidente desde a certificação de Joe Biden pelo Congresso como presidente eleito.
Donald Trump divulga vídeo pedindo união nos EUA
Pela manhã, Trump já havia divulgado uma mensagem em que se comprometia com uma “transição ordeira”. Desta vez, em aparição em vídeo, ele condenou publicamente a invasão à sede do Congresso dos EUA.
“Gostaria de começar falando sobre esse ataque odioso ao Capitólio dos EUA. Como todos os americanos, eu estou revoltado com a violência, anarquia e desordem”, afirmou Trump na gravação, publicada na conta oficial do presidente no Twitter.
A rede social havia bloqueado o perfil do republicano por 12 horas, condicionando o desbloqueio à exclusão de 3 tuítes específicos que foram suspensos por violações das políticas da plataforma. O acesso foi restabelecido na noite de quinta (7).
Cinco pessoas, incluindo uma manifestante e um policial, morreram durante a invasão. Além disso, dezenas de pessoas foram presas, e o FBI pediu informações sobre os extremistas flagrados dentro do Capitólio.
“Aos que participaram de atos de violência e destruição: vocês não representam nosso país. E aos que desrespeitaram a lei: vocês vão pagar”, prometeu.
Trump também reconheceu que as “emoções estão em patamares altos” e que o país deve “retomar a calma”. O republicano ainda relembrou que sua equipe de campanha atuou para contestar o resultado das eleições para “lutar e defender a democracia americana”, embora não tenha conseguido provar fraude ou irregularidade para reverter a derrota.
Pedido de ‘cura’ e tom de despedida
Donald Trump, presidente dos EUA, na Casa Branca em foto de 12 de dezembro
Cheriss May/Arquivo/Reuters
Ao admitir que deixará o cargo em 20 de janeiro e que o Congresso certificou a eleição do novo presidente, Trump não mencionou o nome de Joe Biden em nenhum momento, mas voltou a prometer uma transição suave.
“O momento pede cura e reconciliação. 2020 foi um tempo desafiador para as pessoas”, disse, citando a pandemia.
“Derrotar a pandemia e reconstruir a maior economia da Terra vai exigir de nós que trabalhemos juntos”, afirmou Trump. “Precisamos revitalizar os laços sagrados de amor e lealdade que nos tornam uma grande família”, acrescentou.
Depois, em tom de despedida, Trump disse que “servir como presidente foi a maior honra” de sua vida. Ele, em seguida, fez um aceno à base trumpista:
“Aos meus apoiadores maravilhosos: sei que estão desapontados, mas quero que saibam que nossa jornada maravilhosa está apenas começando”.
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