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Secretário de Defesa dos EUA diz que Huawei é ameaça à Otan

Governo norte-americano acredita que empresa chinesa pode estar por trás de planos de espionagem de Pequim. Secretário de Defesa americano chama Huawei de ameaça
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, alertou neste sábado (15) que a Huawei é uma ameaça à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e pediu aos europeus que não permitam que a gigante de telecomunicações chinesa participe de suas novas redes 5G.
Esper e líderes de outros países participam neste fim de semana da Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.
“Se não entendermos a ameaça e não fizermos algo, no final, poderia comprometer o que é a aliança militar de maior sucesso na história, a Otan”, disse Esper.
Mark Esper, secretário de Defesa dos EUA, durante reunião da Conferência de Segurança de Munique neste sábado (15)
Andreas Gebert/Reuters
Por sua vez, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, denunciou o “Cavalo de Troia” que constitui a empresa chinesa, cuja participação nas redes 5G ocidentais levará à transferência para o “Partido Comunista Chinês e aos serviços secretos chineses” os dados de todos os usuários.
A Huawei é acusada pelo governo de Donald Trump de espionagem em favor do governo chinês. Washington pede, portanto, que muitos países não usem o equipamento da gigante chinesa para a implantação da nova rede telefônica 5G.
Disputa entre EUA e Huawei
Huawei
REUTERS/Aly Song
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos moveu uma ação judicial acusando a chinesa Huawei e quatro subsidiárias norte-americanas de conspirar para extorquir e roubar segredos comerciais de concorrentes, obtendo vantagens e reduzindo gastos com pesquisa e desenvolvimento, em uma ação divulgada na quinta-feira (13).
Em novembro, o chefe do departamento de Justiça dos Estados Unidos, William Barr, afirmou que Huawei e a ZTE “não são confiáveis” e classificou as companhias chinesas como um risco à segurança.
Os comentários foram feitos durante apoio de Barr a uma proposta para impedir que operadoras de telefonia móvel que atuam em áreas rurais dos EUA acessem US$ 8,5 bilhões em fundos governamentais para compra de equipamentos ou serviços das duas companhias chinesas.

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