Por Voz de Brasília
Os produtores de arroz que participaram dos leilões de Contrato de Opção (COV) têm até a próxima sexta-feira (25) para antecipar a entrega do grão à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A medida, segundo o governo federal, visa garantir melhor remuneração aos agricultores diante da tendência de queda nos preços do arroz com o avanço da colheita.
A negociação é feita por meio das Bolsas de Mercadorias que participaram dos leilões. Para exercer o direito de venda antecipada, os produtores devem entrar em contato com a corretora responsável pela operação.
Neste momento, a antecipação está liberada para produtores e cooperativas da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, além dos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. De acordo com a Conab, essas regiões já terão finalizado a colheita até o fim de abril, o que viabiliza a entrega antecipada.
Preço com desconto
Ao optar pela antecipação, o produtor receberá R$ 81,26 pela saca de 50 quilos do arroz no Rio Grande do Sul. Esse valor considera o desconto aplicado devido ao adiantamento logístico e financeiro. Apesar disso, ainda representa remuneração superior ao valor atual de mercado, que está em torno de R$ 76,38/50kg, segundo dados da própria Conab.
Leilões garantiram proteção de preço
Os contratos de opção foram firmados em três leilões públicos realizados em dezembro de 2023, com o objetivo de proteger a renda do produtor frente à instabilidade do mercado. Ao todo, foram negociados 3.396 contratos, equivalentes a cerca de 91,7 mil toneladas de arroz.
A queda nos preços se deve à combinação de boa safra nacional e ao aumento da oferta global, especialmente com a retomada das exportações de arroz por países asiáticos. Esse cenário tem pressionado os valores de comercialização no mercado interno.
Estímulo à produção e reforço dos estoques públicos
Além de assegurar renda mínima aos agricultores, a medida integra as ações do governo para recompor os estoques públicos de arroz, visando estabilizar o mercado e garantir a segurança alimentar do país. O estímulo à produção e o apoio à comercialização também fazem parte da estratégia para valorizar o trabalho do homem e da mulher do campo.
fonte:Blog do Riella
foto:foto da web
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