Economia

Presidente da Volkswagen no Brasil prevê novas paralisações por falta de insumos: 'É uma luta diária'

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Executivo afirma que solução para falta de semicondutores deve vir apenas em 2022 e que, até lá, produção deve sofrer interrupções diárias ou até semanais. Produção de veículos na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP)
Divulgação/Volkswagen
Em meio a falta de semicondutores, a Volkswagen iniciou a paralisação de duas fábricas no Brasil nesta segunda-feira (7) por 10 dias. A falta de insumos é um problema mundial, que tem levado a interrupções na produção de outras montadoras.
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Segundo Pablo Di Si, presidente da Volkswagen no Brasil, a solução só deve vir em 2022, com o aumento na produção de semicondutores e o equilíbrio entre oferta e consumo.
“Até lá, vamos ter interrupções diárias ou por semana, ficaremos nesses altos e baixos”, disse.
Apesar das dificuldades, a Volkswagen mantém as projeções de crescimento para o ano. Di Si lembra que a escassez de semicondutores é uma realidade desde outubro do ano passado. E que, ainda assim, a produção de veículos no Brasil, segundo a Anfavea, associação que reúne as montadoras, cresceu 55,6% de janeiro a maio deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
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Pablo Di Si, presidente da Volkswagen do Brasil, ao lado do T-Cross
Divulgação/Volkswagen
“Na Volks, o crescimento da produção foi de 86%. Há muita demanda do consumidor. Então, vamos tocando no dia a dia, com absoluto apoio do time mundial da montadora, que nos ajuda na compra de peças e semicondutores. É uma luta diária”, disse Pablo Di Si.
Além da falta de peças, a inflação também tem prejudicado a recuperação da economia. Mas Pablo Di Si prefere ver o copo meio cheio.
“Os preços estão subindo aqui e no mundo porque tem demanda. A economia mundial está se recuperando. No Brasil, ainda temos o custo mais alto da energia elétrica. Mas acredito que seja algo passageiro. O mais importante é que as perspectivas são melhores para o segundo semestre no Brasil, com o avanço da vacinação.”