Na avaliação do banco, com o agravamento da situação, credores deveriam reduzir o montante da dívida dos países mais pobres. A pandemia do novo coronavírus pode jogar na extrema pobreza 100 milhões de pessoas, advertiu nesta quinta-feira (20) o presidente do Banco Mundial, David Malpass.
A instituição para o desenvolvimento, com sede em Washington, havia estimado antes que 60 milhões de pessoas cairiam na pobreza extrema, mas o novo cálculo situa a deterioração entre 70 e 100 milhões, e “este número poderia aumentar” se a pandemia piorar ou se prolongar, o que é possível, disse Malpass.
Auxílio emergencial reduziu extrema pobreza no Brasil, aponta FGV
A situação torna “imperativo” que os credores reduzam o montante da dívida dos países pobres em risco para além do compromisso de suspender o pagamento da dívida, disse Malpass em entrevista à AFP.
Ainda assim, mais países serão obrigados a reestruturar suas dívidas. “As vulnerabilidades da dívida são altas e o imperativo de enxergar luz no fim do túnel para que novos investidores possam entrar é substancial”, acrescentou Malpass.
Comentar