Economia

Opep afirma que coronavírus deve reduzir demanda por petróleo em 2020

Opep afirma que coronavírus deve reduzir demanda por petróleo em 2020 thumbnail

Preços do petróleo caíram 17% neste ano, para US$ 55 por barril, o que gerou preocupação entre países produtores. Média de preços do petróleo Brent, referência para o mercado global, está prevista em US$ 52,52 por barril este an
Reuters
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu nesta quarta-feira (12) sua projeção para o crescimento global da demanda por petróleo neste ano devido à epidemia de um novo coronavírus.
Em relatório mensal, a Opep afirmou que a demanda por seu petróleo em 2020 deve ficar em média em 29,30 milhões de barris por dia (bpd), ou 200 mil bpd abaixo do previsto anteriormente.
A Opep produziu menos em janeiro do que a média prevista para 2020, devido a cortes planejados de oferta e perdas involuntárias de produção.
O relatório pode ajudar no convencimento sobre a necessidade de cortes ainda maiores de produção pelo grupo, que tem avaliado uma restrição adicional de oferta para compensar a demanda mais fraca.
Os preços do petróleo caíram 17% neste ano, para 55 dólares por barril, o que gerou preocupação entre países produtores.
“O impacto do surto de coronavírus sobre a economia da China aumentou as incertezas sobre o crescimento econômico global em 2020, e consequentemente sobre o crescimento da demanda por petróleo”, escreveu a Opep no relatório.
“Claramente, os acontecimentos na China exigem contínuo monitoramento e avaliação.”
No relatório, a Opep disse que a demanda por petróleo deve crescer em 990 mil bpd neste ano, o que representa uma redução de 230 mil bpd frente à previsão anterior.
A Opep, a Rússia e outros produtores, um grupo conhecido como Opep , tem implementado desde 1° de janeiro um acordo para reduzir a oferta em 1,7 milhão de bpd, como forma de apoiar o mercado.
Em janeiro, a Opep reduziu a oferta além do previsto no acordo, com corte de 509 mil bpd, para 28,86 milhões de bpd, segundo fontes secundárias citadas no relatório. Além dos cortes planejados, houve perdas involuntárias na produção da Líbia.