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MUDANÇA NA PETROBRAS É O DESTAQUE

MUDANÇA NA PETROBRAS É O DESTAQUE

Tema em destaque no Brasil hoje vem das reformas que o Presidente Bolsonaro pretende fazer na área de combustíveis.

A principal mudança é a substituição do presidente da Petrobras, Castelo Branco, pelo General Joaquim Silva e Luna, que deixa em consequência o comando da Itaipu Binacional.

No fim de semana, Bolsonaro disse que o combustível no Brasil poderia ser, no mínimo, 15% mais barato. Ele colocou em xeque o funcionamento dos órgãos de fiscalização e controle. Afirmou não ser possível aferir a qualidade do combustível.

Entre os órgãos citados pelo presidente, de forma crítica, estão Petrobras, Ministério de Minas e Energia, Receita Federal e Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Segundo Bolsonaro, existe uma “caixa preta” na formação dos preços de combustíveis, porque o consumidor não consegue discriminar os valores que compõem o preço final.

ENERGIA – Bolsonaro disse a apoiadores, do lado de fora do Palácio da Alvorada, que também vai “meter o dedo na energia elétrica”.
Ele não se conforma com a última “bandeira vermelha” em plena temporada de chuvas.

Tudo indica que, nessa onda de reação forte, Bolsonaro pode mexer também no Banco do Brasil, como tentou antes, descontente com mudanças na estrutura da entidade.

SILVA E LUNA – Em entrevista ao jornal O Globo, o General Joaquim Silva e Luna negou ter sido pressionado pelo Presidente Bolsonaro a mudar a política de preços adotada pela Petrobras.

A indicação de Silva e Luna ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo da petroleira.

“O Presidente declarou que jamais iria interferir em uma empresa, declarou de público isso. Comigo ele não tratou disso”, afirmou. No entanto, sobre o preço do diesel, Silva e Luna disse ser preciso observar as “questões sociais”. Há preocupação principalmente com o descontentamento dos caminhoneiros.

POSTOS – Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) instaurou inquérito administrativo para investigar condutas ilegais na revenda de combustíveis no Brasil, com possível formação de cartel.

ICMS – A polêmica na Câmara Federal nesses últimos dias atrasou a escolha do relator do projeto que vai alterar tributação do ICMS sobre combustíveis.
O texto foi encaminhado pelo Presidente Bolsonaro no dia (12), tentando aliviar a alta de preços da gasolina e do diesel.

ÔNIBUS – Empresas de transporte urbano estão reivindicando reajustes de passagens de ônibus por todo o país.
A Associação Nacional das Empresas de Transportes Públicos (NTU) relata prejuízos de R$ 10 bilhões, por causa da pandemia e dos reajustes do diesel.

PIB – Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sinaliza que a atividade econômica retraiu-se 4% no Brasil em 2020.

Pela ótica da produção, dos três grandes setores (agropecuária, indústria e serviços), apenas a agropecuária cresceu no ano (2%). Pela ótica da demanda, todos os componentes se retraíram, com destaque para o consumo das famílias, com recuo de 5,2% no ano.
Aguarda-se a palavra final do IBGE sobre a queda do PIB em 2020. Se confirmada a margem de 4%, será considerado resultado favorável, diante de todas as previsões anteriores, que eram muito maiores.

HABITANTES – A população estimada do Brasil é de 211.755.692 pessoas. Em 2019, era de 210.147.125 pessoas, segundo o IBGE.

Os estados mais populosos são: São Paulo (46.289.333), Minas Gerais (21.292.666) e Rio de Janeiro (17.366.189).
O Distrito Federal tem 3.055.149 habitantes. Roraima é o estado com menor população (631.181).

BRASIL – Foram 527 novos óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas no Brasil, elevando o total a 246.504.

São 5.853.753 pessoas que já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19 no Brasil – 2,76% da população.

LETALIDADE – No início da pandemia no Brasil, a taxa de letalidade da Covid-19 (óbitos em relação aos casos confirmados) era de 6,9%, segundo a Universidade de Alagoas. O cenário mudou e a taxa se estabilizou em 2,4%.

Novas opções de tratamento, hospitais expandidos e a experiência adquirida por parte dos profissionais de saúde aumentaram as chances de sobrevivência dos pacientes.

TOQUE DE RECOLHER – Destaque para a Prefeitura de Araraquara (SP), que decretou lockdown total por 60 horas. Fecha tudo até amanhã, diante do agravamento da pandemia.
Permanece toque de recolher na Bahia e Ceará, além de 65% do Rio Grande do Sul.

VACINAS – Pressionado pelos governadores, o Ministério da Saúde autorizou, mesmo sem liberação da Anvisa, a dispensa de licitação para a compra das vacinas Covid-19 Sputnik V e Covaxin.

No caso da Sputnik V, o custo será de R$ 693,6 milhões. Já a compra da vacina da Índia deve ser orçada em R$ 1,614 bilhão.

ACRE – Presidente Bolsonaro vai visitar o Acre nesta quarta-feira (24). O estado vive situação crítica por conta das fortes chuvas.

CONSELHO – Atenção para a Câmara dos Deputados, que finalmente vai reativar o Conselho de Ética, que ficou sem funcionar em 2020.

Destaque para o processo da Deputado Flordelis, acusada de mandar matar o marido.
Outra prioridade é o caso do Deputado Daniel Ferreira (PSL-RJ), preso por determinação do Supremo Tribunal Federal.

Na sexta-feira, o plenário da Câmara dos Deputados referendou esta decisão e o deputado permanece detido nas dependências da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

ECONOMIA – Expectativa hoje sobre os reflexos no mercado das declarações do Presidente Bolsonaro, que anunciou mudanças profundas na Petrobras e rediscussão da política de preços dos combustíveis.

Na sexta-feira (19), o dólar fechou a R$ 5.385 e a Bolsa de Valores caiu para 118.430 pontos.
Por RENATO RIELLA

Foto: Marcos Corrêa/PR