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Ministros fazem reunião no Palácio do Planalto sobre medidas contra coronavírus

Porta-voz da Presidência disse que o momento é de ‘tranquilizar nosso povo’. Grupo interministerial vai manter rotinas de reuniões nos próximos dias para articular ações contra o vírus. Presidência da República anuncia plano de contingência contra o coronavírus
Ministros fizeram nesta sexta-feira (13) no Palácio do Planalto um reunião para tratar de medidas contra o coronavírus.
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, deu uma entrevista coletiva para apresentar o que foi discutido.
“Cada ministério apresentou os impactos em suas áreas e o que necessita executar e articular com os demais ministérios”, disse o porta-voz.
De acordo com ele, essa foi a quinta reunião do grupo, que vai continuar se encontrando nos próximos dias para articular medidas para conter o vírus.
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Segundo o porta-voz, o governo passou da fase de orientações para a fase de recomendações e é possível que, em seguida, seja acionada a fase de determinações, quando as orientações viram regras.
“Passamos da fase de orientações para a fase de recomendações. Em escala, poder-se-á vir a fase de determinações. Foram adicionados os planos de contingências, com a adoção de protocolos mundiais, sendo postos em práticas há semanas”, completou.
O número de casos confirmados no país de pessoas infectadas pelo vírus tem subido diariamente. Segundo o último balanço, ao menos 151 pessoas foram diagnosticadas com o Covid-19, nome dado à infecção causada pelo coronavírus.
Em seu pronunciamento, o porta-voz lembrou que o país já passou por outras situações de epidemia e as superou. “O momento é de prudência”, afirmou. “Agora, é hora de tranquilizar o nosso povo”, acrescentou.
Rêgo Barros citou medidas já anunciadas pela equipe econômica, voltadas para a população mais vulnerável. Afirmou ainda que os bancos públicos vão dispor de R$ 75 bilhões que serão destinados para crédito agrícola, capital de giro e crédito consignado a fim de minimizar o impacto do coronavírus no país.
Estiverem presentes à reunião os seguintes ministros:
Braga Netto (Casa Civil);
Jorge Oliveira (Secretaria Geral)
Luiz Henrique Mandetta (Saúde);
Sérgio Moro (Justiça);
Paulo Guedes (Economia);
Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional);
Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações);
Bento Albuquerque (Minas e Energia);
Onyx Lorenzoni (Cidadania);
Wagner Rosério (Controladoria-Geral da União);
Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos);
Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
Diretores do Banco Central e da Anvisa, além de representantes do Itamaraty, Gabinete de Segurança Institucional, Defesa, Agricultura, Secretaria Geral da Presidência e Advocacia Geral da União também participaram.
Exame de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro se submeteu a um teste, que deu negativo, para saber se estava com a doença após o exame de seu secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, ter dado positivo.
Ambos estiveram juntos em uma viagem oficial aos Estados Unidos.
Verba para a saúde
Antes da reunião, o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia dito em entrevista que já foram destinados R$ 5 bilhões à saúde pública, e que outros R$ 5 bilhões podem ser liberados nas próximas semanas.
Ele afirmou que, nesse caso, está aceitando uma proposta do senador de oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), de destinar para o combate à pandemia os recursos que estão em disputa com o Congresso Nacional.
Nas últimas semanas, parlamentares e o Planalto têm protagonizado um embate pelo controle de parte do Orçamento-geral da União, tendo por base a regulamentação do chamado “orçamento impositivo”, que começa neste ano.
O Congresso Nacional buscava o aumento das emendas parlamentares em R$ 30 bilhões em 2020 e, para isso, ameaçou derrubar vetos do presidente Jair Bolsonaro sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Entretanto, posteriormente, os vetos foram mantidos e o governo se comprometeu, via projetos de lei, a destinar R$ 9,6 bilhões a mais para as emendas parlamentares.
Guedes também não descartou a possibilidade de novas liberações de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
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