Economia

França reconhece status de funcionário a motorista do Uber

França reconhece status de funcionário a motorista do Uber thumbnail

Para Justiça, condutor não pode se qualificar como autônomo porque não pode ter sua própria clientela ou definir seus próprios preços. O tribunal superior da França reconheceu na última quarta-feira (4) o direito de um motorista do Uber de ser considerado como funcionário da empresa.
A Justiça confirmou uma decisão anterior de um tribunal de apelação, dizendo que o motorista do Uber não poderia se qualificar como contratado autônomo porque ele não podia ter sua própria clientela ou definir seus próprios preços, fazendo dele um subordinado da empresa.
STJ negou vínculo no Brasil em 2019
“Ao se conectar à plataforma digital Uber, é estabelecida uma relação de subordinação entre o motorista e a empresa”, afirmou o tribunal em comunicado. “Portanto, o motorista não presta serviços como autônomo, mas como funcionário.”
A decisão pode prejudicar o modelo de negócios da companhia no país, ao abrir brecha para que seja obrigada a pagar mais impostos e benefícios trabalhistas.
E também pode ter ramificações paro o amplo setor de serviços por aplicativos da França, já que outros apps de entregas e de táxi dependem fortemente de motoristas autônomos para conduzir seus negócios sem precisar pagar uma variedade de custos e benefícios aos funcionários.
“Essa decisão não reflete as razões pelas quais os motoristas optam por usar o aplicativo Uber”, afirmou a empresa, após a decisão da Justiça.
“Os motoristas valorizam a Uber por causa da independência e liberdade de usar nosso aplicativo quando e onde quiserem”, acrescentou a companhia, observando que a decisão do tribunal não levará a uma reclassificação automática de todos os motoristas que usam o aplicativo.