Meio Ambiente

EUA querem que Papa participe de conferência sobre clima, diz Kerry no Vaticano

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John Kerry, enviado do clima do presidente americano Joe Biden, se encontrou com o papa neste sábado no Vaticano. Para Francisco e John Kerry, enviado do clima do presidente americano Joe Biden, em encontro no Vaticano no dia 15 de maio
Vatican Media/via Reuters
O Papa Francisco tem autoridade moral para influenciar a opinião pública sobre o aquecimento global e deve participar da Conferência das Partes (COP26) na Escócia, disse John Kerry, enviado especial do clima dos Estados Unidos, neste sábado (15), após se encontrar com o pontífice.
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A COP26 será realizada em Glasgow, em novembro, e pode acelerar as medidas dos maiores poluidores do mundo para combater a mudança climática, um desafio que ativistas, cientistas e líderes mundiais dizem que pode colocar o planeta em perigo.
O enviado dos Estados Unidos se encontrou com o papa argentino no Vaticano um dia depois de uma reunião com o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.
“O papa é uma das grandes vozes da razão e uma autoridade moral convincente na questão da crise climática”, disse Kerry, acrescentando que acredita que o pontífice participará da conferência.
“Precisamos de todos nesta luta. Todos os líderes do mundo têm que se unir e cada país tem que fazer a sua parte”, acrescentou.
Não houve confirmação imediata da participação do pontífice na conferência por parte do Vaticano.
“Por ele estar acima da política e fora de conflitos nacionais, acho que ele pode mexer um pouco com as pessoas e trazê-las para o debate com um melhor senso de nosso bem comum”, disse Kerry.
John Kerry está em uma viagem de uma semana à Europa, com encontros programados com funcionários do governo e líderes empresariais na Itália, Grã-Bretanha e Alemanha, bem como na Cidade do Vaticano, antes da cúpula.
Francisco já fez muitos apelos pela proteção ambiental desde que se tornou papa em 2013, e pediu repetidamente aos governos que tomem medidas drásticas para combater o aquecimento global e reduzir o uso de combustíveis fósseis.
O papa chamou as mudanças climáticas de “um dos principais desafios que a humanidade enfrenta” hoje e responsabilizou os países industrializados pela crise, enquanto defendeu que os países em desenvolvimento sofrerão seus efeitos.