Economia

Em dia de baixa liquidez, dólar comercial fecha em alta de 0,60%

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Com a alta das expectativas de inflação ganhando corpo nos Estados Unidos, momento mais benigno para as moedas emergentes pode ter ficado para trás. Dólar: dia foi de baixa liquidez por causa do feriado do aniversário de São Paulo.
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Em dia baixa liquidez por causa do feriado do aniversário de São Paulo, que fechou a B3 e limitou os negócios às operações de balcão, o dólar comercial teve alta moderada, de 0,60%, a R$ 5,5125.
Após iniciar o dia em baixa, o mercado de câmbio local acabou seguindo o movimento mais amplo do exterior, onde o dólar se fortalece contra a maior parte das divisas emergentes. No horário de fechamento no Brasil, o dólar subia 1,71% contra o peso mexicano, 0,88% ante o peso mexicano, e 0,91% na comparação com o rand sul-africano. Já o índice DXY da ICE avançava 0,18%, aos 90,52 pontos.
Já a taxa Ptax, calculada pelo Banco Central, terminou o dia cotada a R$ 5,2089. O nível equivale a uma alta diária de 1,45% sobre o fechamento de sexta-feira.
‘Sem a privatização da Eletrobras, minha contribuição fica perdida’, diz Wilson Ferreira Jr.
O dia ficou marcado pela repercussão da saída do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr. A renúncia do executivo elevou preocupações sobre o programa de privatizações do governo brasileiro e fez o recibo de ações da estatal recuar mais de 10% em Wall Street.
Já o EWZ, principal fundo de índices de ações brasileiras negociado em Nova York, o EWZ, cedia 1,54% no horário acima.
Com a alta das expectativas de inflação ganhando corpo nos Estados Unidos, o Morgan Stanley acredita que o momento mais benigno para as moedas emergentes já ficou para trás. Essa mudança de cenário, combinada com fatores locais, significou uma revisão de neutra para “negativa” em relação à perspectiva da moeda local.
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“Mudamos de visão sobre o real e esperamos que a moeda tenha performance abaixo de seus pares regionais nas próximas semana”, afirmam os estrategistas do banco. “Um dólar global mais neutro, progresso bastante lento no front da vacina e perspectiva de mais lockdowns devem pesar sobre o ativo. Além disso, o ruído fiscal deve crescer após a eleição dos presidentes da Congresso, quando os mercados deverão voltar a focar mais na reforma tributária”, dizem os estrategistas do banco.
Com isso, a equipe do banco americano encerrou uma aposta no real contra o peso colombiano e abriu outra, apostando na alta da volatilidade da moeda brasileira, através de opções.
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