Turismo

Dica De Destino: a cultura de Pernambuco, por Novinho da Paraíba

Sanfoneiro citou o Nordeste como sugestão, em especial o estado pernambucano e suas manifestações históricas

A Dica de Destino do Novinho da Paraíba destaca a cultura do estado de Pernambuco

ADDD desta quinta-feira (20.01) é do cantor, sanfoneiro e forrozeiro Novinho da Paraíba. Para ele, o Nordeste como um todo, com destaque para a cultura pernambucana, precisa ser conhecido. A websérie Dica De Destino (DDD) consiste em vídeos curtos em que personalidades dos mais variados segmentos sugerem a visita em cidades e atrativos turísticos nacionais. A cada 15 dias, uma nova publicação será disponibilizada nas redes sociais da Pasta.

Everardo Bezerra da Silva, o Novinho da Paraíba, nasceu em Monteiro, na Paraíba. Com 35 anos de carreira, tocou ao lado de artistas consagrados como Dominguinhos e Luiz Gonzaga. Cantor e compositor do Forró em suas diferentes Matrizes, do tradicional aos estilos mais recentes, com forte identidade com a cultura nordestina, já gravou 27 CDs, 2 DVDs e 7 LPs.

“A minha Dica De Destino é o Nordeste brasileiro, que tem muitas maravilhas: Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte. Em especial, Pernambuco, que é muito rico culturalmente”, disse. “E fica a dica para você conhecer o Frevo Pernambucano, o Forró de Caruaru (PE) e os Papangus de Bezerros (PE). Então, conheça Pernambuco. O Nordeste te espera”, completou.

Em 2021, o Ministério do Turismo, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), reconheceu as Matrizes Tradicionais do Forró e revalidou o Frevo como Patrimônios Culturais do Brasil.  O frevo teve origem em Recife durante o carnaval do final do século 19, e surgiu como expressão popular durante um momento de transição e efervescência social ocasionada pelo fim da escravidão no Brasil.

Com letras inspiradas no universo do homem sertanejo, o Forró nasceu no país há mais de um século e tem movido multidões por onde é tocado. Foi a partir da década de 50, com Luiz Gonzaga, um dos maiores nomes do ritmo, que o Forró deslanchou e gerou diversos outros segmentos, como o Forró Eletrônico, o Pé de Serra e o Universitário. Foi também do astro nordestino que originou o Dia Nacional do Forró, celebrado no próximo dia 13 de dezembro, aniversário do músico.

“PAPANGU”- Há algumas versões populares sobre a origem dos Papangus de Bezerros. Uma delas traz que, no ano de 1881, por meio de uma brincadeira de familiares dos senhores de engenhos, estes saíam mascarados para visitar amigos nas festas de entrudo (festa popular na época) e comiam angu. As crianças passaram então a chamar os mascarados de “papa-angu”. Antigamente o papangu tinha a máscara confeccionada com coité (cuia do fruto), cuja pintura era feita com azeitona preta, açafrão e folha de fava. Possuía chocalhos ao redor da roupa, que era enfeitada com palha de banana e na mão levava um maracá de coco seco com pedra dentro.

Atualmente, a matéria–prima usada nas máscaras é o papel colé e maché. Os papangus vestem túnicas compridas, dos pés à cabeça, colocam as máscaras para ficarem totalmente cobertos, pois a meta é se esconder, ganhando a farra sem ser identificados. Em Bezerros, a cultura do papangu é vivenciada durante o ano inteiro, através das oficinas de máscaras, da culinária desenvolvida com variados pratos feitos com angu, além das oficinas de dança e música carnavalesca.

 

Por Rafael Brais

Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo