Economia

Depósitos na poupança superam saques em R$ 72,6 milhões em maio, diz Banco Central

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No acumulado do ano, brasileiros já retiraram R$ 23,6 bilhões da caderneta de poupança. Em abril, depósitos também superaram saques; saldo das contas-poupança é de R$ 1,02 trilhão. Os depósitos na poupança superaram os saques em R$ 72,6 milhões em maio, informou nesta segunda-feira (7) o Banco Central. É o segundo mês consecutivo do ano com resultado positivo.
De acordo com o BC, os depósitos na caderneta de poupança somaram R$ 281,236 bilhões em maio e as retiradas, R$ 281,163 bilhões.
Somados, os saldos de todas as contas poupança do país alcançaram R$ 1,02 trilhão, considerando o rendimento de quase R$ 2 bilhões da caderneta em maio.
Acumulado do ano
No acumulado de janeiro a maio deste ano, os brasileiros já retiraram R$ 23,6 bilhões da caderneta de poupança.
O resultado está negativo porque, nos três primeiros meses de 2021, os clientes retiraram R$ 27,5 bilhões líquidos da poupança. Veja no gráfico:
Os saques coincidiram com as tradicionais despesas de começo de ano, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), matrícula escolar e material escolar.
Em abril, os depósitos superaram os saques pela primeira vez em 2021. O resultado positivo coincidiu com o retorno do auxílio emergencial, que está sendo pago em quatro parcelas neste ano.
O valor médio é de R$ 250, mas pode variar de R$ 150 a R$ 375, a depender da composição de cada família.
O auxílio é pago em contas poupança digitais abertas pela Caixa Econômica Federal.
Captação recorde em 2020
Em 2020, a poupança teve captação recorde. Os depósitos superaram os saques em R$ 166,3 bilhões, o maior valor da série histórica do BC, iniciada em 1995.
O recorde foi impulsionado, entre outros fatores, pelo pagamento do auxílio emergencial. Foram pagas cinco parcelas de R$ 600 e até quatro de R$ 300.
Os brasileiros também decidiram poupar mais no ano passado em virtude da crise causada pela pandemia de Covid-19. É o que o Banco Central chama de “poupança precaucional”, feita para casos de emergência.
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