O escândalo envolvendo descontos indevidos em benefícios do INSS abalou a permanência do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, no cargo. Apesar da pressão, o ministro presidiu, nesta segunda-feira (28), uma reunião do conselho do Instituto Nacional do Seguro Social, onde foi alvo de cobranças diretas sobre as graves irregularidades reveladas.
A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que 742.389 beneficiários solicitaram o cancelamento do desconto associativo diretamente na folha de pagamento no primeiro semestre de 2024. Em 95,6% desses casos – o equivalente a 709 mil aposentados – os segurados relataram que não autorizaram previamente os descontos realizados por associações.
A crise já resultou na demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, mas novas denúncias continuam surgindo, envolvendo membros de sua equipe e levantando suspeitas de um esquema generalizado.
O caso gerou forte repercussão no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, cresce o movimento de parlamentares pela abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o INSS. A oposição e parte da base governista avaliam que as denúncias são graves o suficiente para exigir responsabilizações administrativas e políticas.
A pressão sobre o ministro Lupi se intensifica, e analistas políticos consideram difícil sua permanência no governo caso novas evidências aprofundem a crise.
Fonte: Blog do Riella
Foto:Foto da web
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