Projetos culturais apoiados pela Lei Federal de Incentivo à Cultura estão democratizando o acesso ao cinema no Brasil. As iniciativas Cinema Inflável e Open Air Brasil propõem uma experiência audiovisual gratuita e inclusiva, fortalecendo a formação cultural em regiões com menor acesso a equipamentos culturais.
O Cinema Inflável estreou nesta quarta-feira (7/5) no Distrito Federal e Goiás, oferecendo sessões gratuitas em Ceilândia e Vila Telebrasília até setembro. Já o Open Air Brasil retorna ao país após nove anos, trazendo uma das maiores telas de cinema a céu aberto do mundo, com programação paga, mas acessível graças ao apoio da Lei Rouanet.
Diversidade na tela
Segundo Renato Byington, diretor da produtora D+3, responsável pelos projetos, a proposta é oferecer ao público uma vivência cultural ampla, combinando cinema popular, autoral, nacional e internacional. “A programação foi pensada como um percurso afetivo, reunindo obras que atravessam diferentes origens, estilos e gerações. É uma homenagem à arte, à cultura e à diversidade”, explica.
O cinema brasileiro contemporâneo ganha destaque nas sessões, com a exibição de filmes independentes, longas e curtas-metragens que trazem novas perspectivas e linguagens.
Cinema para todos
Com uma tela inflável de 10 x 6 metros e capacidade para 800 pessoas por sessão, o Cinema Inflável inicia sua programação em Ceilândia com filmes como Pantera Negra, Saneamento Básico, o Filme, Nosso Sonho e Viva – A Vida é uma Festa. Em seguida, de 14 a 18 de maio, as sessões chegam à Vila Telebrasília, com exibições de Milton Bituca Nascimento, Kasa Branca, Barbie, Moana 2 e Estrelas Além do Tempo.
Além das exibições, o projeto promove oficinas culturais, apresentações artísticas e conversas públicas com a comunidade, fomentando o diálogo e a formação cultural local. Após a passagem pelo Centro-Oeste, o projeto seguirá para a Bahia.
Open Air Brasil: cinema sob as estrelas
Celebrando 20 anos de história, o Open Air Brasil começa sua temporada em Brasília de 3 a 15 de junho, com estrutura que inclui uma tela de 325 m², projeção 4K e som Dolby Digital Surround. Em seguida, o evento parte para Salvador e já tem edições previstas no Rio de Janeiro e São Paulo em 2026. Recursos de acessibilidade, como audiodescrição e legendas, estarão disponíveis para o público.
Desde sua criação, o Open Air já realizou 33 edições em sete cidades brasileiras e em capitais europeias como Lisboa e Madri, reunindo mais de 750 mil pessoas. Ao longo dos anos, também integrou apresentações musicais de artistas como Preta Gil, Lulu Santos e Gloria Groove.
Importância da Lei Rouanet
Com patrocínio incentivado, o Open Air Brasil captou R$ 5,5 milhões e o Cinema Inflável, R$ 3,98 milhões. De acordo com Renato Byington, sem a Lei Rouanet, eventos culturais desse porte seriam inviáveis. “O ingresso para o Open Air custaria dez vezes mais sem o patrocínio. O maior beneficiário dessa política pública é o público, que tem acesso à cultura de qualidade a preços acessíveis”, afirma.
O diretor ressalta ainda o impacto econômico e social gerado. “Além de fomentar a cultura e criar identidade nacional, esses projetos geram empregos temporários e movimentam o comércio local”, conclui.
Fonte:agência gov
Foto: foto da web
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