Economia

B3 anuncia redução de tarifas para quem investe em ações

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Taxa de manutenção de conta será zerada e tarifa de negociação de ações cairá cerca de 10% para pessoas físicas em geral. Sede da B3, a bolsa brasileira, no Centro de São Paulo
Divulgação/B3
A operadora da bolsa de valores de São Paulo, B3, anunciou nesta quinta-feira (2) novas políticas que prometem redução e simplificação de tarifas, após um ano em que o mercado acionário acumulou valorização de mais de 30%.or.
A B3 afirmou em comunicado que os principais impactos das mudanças concentram-se sobre o pequeno investidor de varejo. Entre as alterações, a taxa de manutenção de conta, que chega atualmente a cerca de R$ 110 por ano, será zerada. Além disso, a tarifa de negociação de ações cairá cerca de 10% para pessoas físicas em geral.
A companhia afirmou que as alterações representam uma redução de aproximadamente R$ 250 milhões nas tarifas pagas pelos clientes da B3 no ano, considerando os volumes negociados nos últimos 12 meses.
Segundo a B3, a expectativa é que as mudanças sejam implementadas ao longo do ano e terão impacto positivo na expansão da base de investidores pessoas físicas.
A empresa afirmou ainda que clientes que tiverem até R$ 20 mil de saldo em custódia numa mesma corretora serão isentos das demais taxas de manutenção de conta, como as cobranças sobre o pagamento de proventos e valor em custódia.
“Esse conjunto de medidas atinge cerca de 65% da base de investidores pessoa física que hoje têm saldo em contas de renda variável na B3”, afirmou a companhia no comunicado.
O mercado de ações se tornou mais atrativo em 2019 em meio aos sucessivos cortes na taxa básica de juros (Selic), que começou o ano em 6,5% ao ano e termina em 4,5% – a menor desde que foi estabelecido o regime de metas de inflação no país.
Bolsa foi o investimento com melhor retorno em 2019
A bolsa brasileira foi a aplicação financeira que apresentou o maior retorno em 2019, superando até mesmo o investimento em ouro. No acumulado do ano, o Ibovespa, principal índice da B3, teve valorização de 31,58%, enquanto as aplicações em ouro renderam 28,1%.
Ajudada ainda por outros fatores, como juros baixos também no exterior e um clima positivo nos mercados mundiais, a bolsa brasileira tem renovado recordes. Em março, o Ibovespa alcançou os 100 mil pontos pela primeira vez. E em dezembro, chegou aos 117 mil. A máxima de fechamento do ano foi registrada no dia 26 de dezembro, quando o Ibovespa encerrou a sessão aos 117.203 pontos.
A sequência de recordes da Bovespa em 2019 também é explicada pela maior entrada de investidores. Em 2019, a quantidade de brasileiros que investem na bolsa praticamente dobrou, chegando a 1,6 milhão de pessoas físicas.
“O cenário de juros baixos deve continuar incentivando a mudança no perfil dos investimentos. O potencial de crescimento da pessoa física pode ser observado quando se considera que 65% dos investidores com este perfil pouco diversificaram sua carteira em 2019, investindo em apenas um tipo de produto de bolsa. Além disso, há quase 20 milhões de investidores em caderneta de poupança com saldo acima de R$5mil, que somam R$ 730 bilhões em depósitos, e podem buscar fontes alternativas que proporcionem maiores rendimentos”, avaliou a B3.
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G1