Economia

Uber vai exigir que passageiros e motoristas usem máscaras no Brasil

Uber vai exigir que passageiros e motoristas usem máscaras no Brasil thumbnail

Medida vai valer para todas as cidades e corrida poderá ser cancelada caso alguém não esteja usando proteção facial. Para os motoristas, sistema de reconhecimento identificará máscara antes que app possa ser usado. Uber tornará obrigatório o uso de máscaras por passageiros e motoristas em diversos países, inclusive o Brasil.
Celso Tavares/G1
A Uber anunciou nesta quarta-feira (13) que vai exigir que todos os motoristas e passageiros usem máscaras durante as corridas em diversos países, como Brasil, Estados Unidos, Canadá, Índia e maior parte da América Latina e da Europa.
A medida de segurança contra a disseminação do coronavírus entra em vigor na plataforma a partir da próxima segunda-feira (18).
Há um longo caminho até o fim da pandemia, diz OMS
A empresa afirmou que ainda aconselha usuários a ficarem em casa se puderem, mas passará a fazer novas exigências para todos os usuários e motoristas, principalmente porque alguns países e localidades já começam a retomada de operações.
“Nós queremos estar preparados para o novo normal. Haverá muita expectativa em fornecedores de serviço”, afirmou Sachin Kansal, diretor de produto da Uber.
Para os motoristas
Antes de o motorista poder aceitar corridas, ele terá de cumprir uma lista de exigências, que poderá ser partilhado com o usuário. Isso inclui afirmar que não tem sintomas de Covid-19 e que o veículo e mãos estão higienizados.
Além disso, o motorista também terá que fazer uma checagem, utilizando tecnologia de reconhecimento, para mostrar que está usando máscara. Atualmente, os motoristas já fazem uma checagem facial de identidade (chamada de Real-Time ID Check) para mostrarem que quem está dirigindo é a mesma pessoa que se cadastrou na plataforma.
Os motoristas que não estiverem usando máscara não conseguirão ficar online no aplicativo.
Caso o motorista chegue ao destino e o passageiro não esteja usando máscara, ele poderá optar por cancelar a corrida ou dar uma nota baixa, justificando que o usuário não estava usando proteção facial.
A empresa também atualizou o centro de informações de Covid-19 dentro do aplicativo com um vídeo instrutivo, que ensina a maneira apropriada de colocar uma máscara.
Para os passageiros
O sistema vai funcionar de maneira semelhante também para os passageiros. Embora não tenha a tecnologia de reconhecimento, será obrigatório aos usuários que estejam de máscara, podendo ter a conta suspensa no Uber caso sejam feitas muitas reclamações sobre não usar a proteção.
O usuário também terá que concordar com algumas premissas antes da viagem: deixar a janela aberta, sentar apenas no banco de trás e declarar que não está com sintomas.
Segundo Kansal, a tecnologia de checagem do uso da máscara só foi implementada para os motoristas porque não existe um sistema atualmente que realiza a checagem de identidade para os passageiros e isso seria uma etapa totalmente nova para eles.
A Uber também reduziu o número máximo de passageiros por corrida agora é 3 pessoas, não mais 4, já que não há mais a possibilidade de sentar no banco da frente, junto ao motorista.
Assim como o motorista, passageiros também poderão cancelar viagens ou dar nota baixa caso o motorista esteja sem máscara no momento em que chegar para buscar o usuário.
Compra de equipamentos e Uber Eats
Novas opções para o aplicativo de entrega de comida também foram desenvolvidas. Além da possibilidade de não encontrar com o entregador, que já estava na plataforma, a Uber também incluiu novas reclamações, relativas à proteção a Covid-19.
Restaurantes também poderão dispor informações sobre quais medidas de segurança adotam no preparo e envio de alimentos.
A Uber também afirmou que fechou parcerias com fabricantes de bens de consumo nos EUA e na Europa, para fornecer material de limpeza e higienização para motoristas e entregadores parceiros.
De acordo com a empresa, até o momento foram adquiridas 20 milhões de máscaras para serem distribuídas, sendo que 5 milhões delas já estão com motoristas.