Economia

Temor com coronavírus derruba ativos brasileiros em NY

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Maior fundo de índice (ETF) brasileiro negociado em Wall Street caiu 4,99%; bolsa local permanece fechado pelo feriado de carnaval. Em dia de mercados fechados pelo feriado de carnaval, os principais ativos brasileiros negociados em Nova York fecharam em forte queda. O motivo está na aversão ao risco mundial, causada pelo aumento de casos da epidemia do coronavírus (Covid-19) para outros países além da China.
O maior fundo de índice (ETF) brasileiro negociado em Wall Street, iShares MSCI Brazil, ou EWZ, caiu 4,99%. Já o Dow Jones Brazil Titans, que mede o desempenho dos 20 maiores recibos de ações (ADRs), recuou 4,81%, aos 21.134,44 pontos.
Ativos brasileiros recuaram nesta segunda-feira em Wall Street
Reuters
O que assustou os investidores foi o temor que o Covid-19 vire uma pandemia e tenha efeitos econômicos mais graves do que o esperado, chegando agora na Europa. A Itália confirmou sete mortes. O Irã tem 43 casos e oito mortes, e a Coreia do Sul tem 763 casos e sete mortes. Os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam 79.339 casos em 30 países e 2.619 mortes.
Todos os recibos de ações (ADRs) de empresas brasileiras negociados lá fora fecharam em queda. Entre os de maior liquidez, os da Petrobras tiveram baixa acentuada. O ADR vinculado à ação ordinária teve queda de 6,95% e o atrelado à preferencial caiu 7,64%. Os ADRs da Vale tiveram baixa de 7,62%.
O coronavírus afetou diretamente os preços das commodities. Pela manhã, o minério de ferro recuou 0,41% no porto de Qingdao, para US$ 91,88 a tonelada. Já os contratos futuros do petróleo tiveram queda mais significativa. O Brent para abril fechou com recuo de 3,76%, a US$ 56,30 o barril, e o WTI para o mesmo mês caiu 3,65%, a US$ 51,43 o barril.
Os ADRs de companhias aéreas brasileiras também fecharam em queda, sendo de 8,12% da Gol e de 4,60% da Azul.