Economia

Sudeste perde participação na produção da indústria nacional em uma década, diz CNI

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Fatia da participação dos estados do Sudeste recuou 7,66 pontos percentuais entre o biênio de 2007-2008 e o biênio de 2017-2018. No período analisado, maiores altas foram observadas nas regiões Sul e Nordeste. Linha de montagem da S10 e da Trailblazer em São José dos Campos
GM/Divulgação
A região Sudeste perdeu participação na produção industrial do Brasil em uma década, mostra um levantamento divulgado nesta segunda-feira (17) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo o levantamento, a soma das produções dos Estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo recuou 7,66 pontos percentuais entre o biênio de 2007-2008 e o biênio 2017-2018.
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No período analisado, o ganho mais acentuado foi observado na região Sul (alta de 2,46 pontos percentuais e Nordeste (2,06 pontos percentuais). Norte e Centro-Oeste tiveram ganhos de 1,66 ponto percentual e 1,48 ponto percentual, respectivamente.
Mesmo com a retração observada no período analisado pelo levantamento, a região Sudeste segue como a maior participação da produção nacional: no biênio 2017-2018, ela foi de 53,97%
“Essa diversificação regional é um movimento positivo, porque observamos o desenvolvimento econômico de outros estados. A indústria usualmente paga os melhores salários e fermenta indústrias menores dentro da mesma cadeia produtiva e alavanca os outros setores, como o de serviços”, diz o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Participação regional na produção industrial
Economia G1
A perda de participação do Sudeste na indústria total foi puxada por Rio de Janeiro (queda de 4,44 pontos percentuais) e São Paulo (redução de 2,88 pontos percentuais).
Dinâmicas estaduais
Em São Paulo, houve queda na participação de 20 dos 24 setores da indústria de transformação no período analisado pela pesquisa. As maiores perdas na produção paulista se deram nos setores de celulose e papel, produtos de metal, vestuário e acessórios e máquinas e materiais elétricos.
Na indústria extrativa, a trajetória de São Paulo foi diferente. O estado viu a sua participação no setor crescer de 1% para 7,7% do biênio de 2007-2008 para o biênio de 2017-2018.
Outros destaques estaduais apurados pela pesquisa são:
Santa Catarina ultrapassou São Paulo e se tornou o maior estado produtor de vestuário e acessórios;
Bahia foi o que mais ganhou importância na produção da indústria de transformação. A participação do estado subiu de 2,6% para 4,05% no período;
Pernambuco foi o segundo estado que mais ganhou importância na produção industrial. A alta foi de 1,3 ponto percentual;
Mato Grosso do Sul subiu da 14ª para a 3ª colocação no ranking nacional de maiores estados produtores do setor de celulose e papel;
Pará foi o estado que mais ganhou espaço na produção industrial nacional ( 1,5 ponto percentual), em razão do aumento do valor adicionado de sua indústria extrativa.
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