A produção brasileira de café em 2025 deverá atingir 55,67 milhões de sacas de 60 kg, o que representa um aumento de 2,7% em relação à safra de 2024, quando foram colhidas 54,21 milhões de sacas. Os dados constam no segundo levantamento da safra realizado neste mês de maio pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O levantamento abrange as duas principais espécies cultivadas no país: o Coffea arabica, responsável por 66,4% da produção, e o Coffea canephora (robusta e conilon), com 33,6% do total estimado para este ano-cafeeiro.
Arábica terá queda, mas canephora impulsiona resultado
Apesar do leve crescimento no total geral, a produção do café arábica deve registrar queda de 6,6% em relação ao ano anterior. A estimativa é de 36,97 milhões de sacas, cultivadas em 1,48 milhão de hectares, com produtividade média de 24,9 sacas por hectare – redução de 5,1% em comparação com a produtividade de 2024.
Em contrapartida, o café canephora apresenta forte crescimento. A produção estimada para 2025 é de 18,70 milhões de sacas, com produtividade média de 50,4 sacas por hectare, um salto de 28,3% sobre a média do ano anterior. Esse desempenho compensa a ligeira retração de 0,3% na área cultivada, que agora é de 371,3 mil hectares.
Sudeste lidera com folga
A Região Sudeste segue como a maior produtora nacional, respondendo por 87% do total da safra brasileira de 2025, o equivalente a 48,38 milhões de sacas. O destaque é para estados como Minas Gerais e Espírito Santo, grandes polos cafeeiros do país.
Na segunda posição está a Região Nordeste, com 3,67 milhões de sacas (6,6%), seguida pela Região Norte, que deve colher 2,30 milhões de sacas (4,2%). A Região Sul aparece com produção estimada em 711,9 mil sacas (1,3%), e a Centro-Oeste, com 475,4 mil sacas, terá menos de 1% da safra nacional.
Importância estratégica
Cultivado em 20 estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, o café é um dos produtos mais relevantes da balança comercial e da economia agrícola nacional. O desempenho da safra influencia diretamente o mercado global e o sustento de milhares de famílias no campo.
Com o crescimento estimado para este ano, o Brasil reforça sua posição de maior produtor e exportador de café do mundo, mesmo em um cenário de oscilações climáticas e variações regionais.
Voz de Brasília
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