A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet,e o ministro da Economia, Fernando Haddad, detalham as primeiras medidas econômicas do governo, durante coletiva, no ministério da Economia
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Realidade fiscal do governo preocupa: espaço para investimentos deve praticamente desaparecer até 2029

Voz de Brasília

O cenário fiscal brasileiro segue desafiador. De acordo com o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, enviado ao Congresso Nacional, as despesas obrigatórias do Governo Federal devem atingir R$ 2,39 trilhões em 2026 e continuar em trajetória ascendente, chegando a R$ 2,84 trilhões até 2029.

Esses gastos incluem aposentadorias, pensões, benefícios assistenciais, salário de servidores, repasses obrigatórios e demais compromissos constitucionais do Estado, que consomem quase a totalidade do orçamento da União.

O dado mais alarmante, no entanto, é o encolhimento expressivo do espaço fiscal para as despesas discricionárias — aquelas destinadas a investimentos públicos e à manutenção da máquina administrativa. Em 2026, esse espaço será de R$ 208,3 bilhões, caindo para R$ 122,2 bilhões em 2027, R$ 59,5 bilhões em 2028 e, finalmente, R$ 8,9 bilhões em 2029.

Especialistas apontam que valores tão baixos comprometem a capacidade operacional do governo, incluindo áreas essenciais como educação, saúde, infraestrutura, segurança e programas sociais. Na prática, significa que o Executivo federal poderá ter dificuldades crescentes para manter os serviços públicos em funcionamento, caso não haja revisão nas regras de gastos ou aumento da arrecadação.

A situação evidencia os limites do arcabouço fiscal atual e acende um sinal de alerta quanto à sustentabilidade das contas públicas, especialmente em um cenário de crescimento limitado da economia.

fonte:Blog do riella
foto:foto da web

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