Economia

Quase metade dos trabalhadores viram renda diminuir ou acabar na pandemia, diz CNI

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Para os próximos meses, levantamento mostra que 3% dos entrevistados esperam uma perda total da renda e 9% acreditam numa redução parcial. Um morador de rua caminha pelo centro de São Paulo em março de 2020
Marcelo Brandt/G1
Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (28) mostrou que 46% dos trabalhadores viram a renda diminuir ou acabar durante a pandemia provocada pelo coronavírus.
De acordo com o levantamento, 32% dos entrevistados observaram uma queda na renda obtida pelo salário, e 14% uma perda total. Para 41%, a renda ficou estável, e 10% registraram um aumento.
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Para os próximos meses, 3% dos trabalhadores esperam uma perda total da renda, 9% projetam uma redução parcial e 83% acreditam que não haverá mudança.
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Recuperação só em 2022
O levantamento também apontou que 71% dos brasileiros acreditam que a economia só deve se recuperar no ano que vem dos efeitos da pandemia de coronavírus.
A pesquisa ainda apurou que 70% dos entrevistados dizem que o impacto da pandemia na atividade econômica tem sido muito grande. Para 20%, tem sido grande.
A pesquisa divulgada pela CNI – batizada de Os brasileiros, a pandemia e o consumo – foi realizada pelo Instituto FSB Pesquisa. Esta é a terceira edição do levantamento. Foram entrevistadas 2.010 pessoas por telefone entre 16 e 20 de abril. A margem de erro do estudo é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Redução de gastos
Com um cenário tão adverso, 71% dos entrevistados dizem ter reduzido seus gastos desde o início da pandemia. Entre os motivos apontados, estão:
30% perderam parte ou toda renda;
38% se dizem inseguros quanto ao futuro; e
27% alegam o fechamento do comércio.
Segundo o levantamento, 37% dizem que essa redução será permanente.
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