Economia

Preços do petróleo têm a maior queda diária em 11 anos

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Tombo ocorreu com o fracasso das negociações entre Opep e Rússia para estabilizar os preços da commodity . Média de preços do petróleo Brent, referência para o mercado global, está prevista em US$ 52,52 por barril este an
Reuters
O petróleo Brent sofreu nesta sexta-feira (6) a maior queda diária em mais de 11 anos, depois de a Rússia se opor aos amplos cortes de produção sugeridos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para estabilizar os preços da commodity em meio à epidemia de coronavírus, que desacelera a economia global e afeta a demanda por energia.
Um pacto de três anos entre Opep e Rússia entrou em colapso nesta sexta-feira, após Moscou se recusar a apoiar cortes mais profundos na produção de petróleo. Em resposta, a Opep removeu todos os seus próprios limites de bombeamento.
“Esse pode ser o fim da aliança Opep-Rússia”, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group em Chicago. “Pela primeira vez em anos, ao final de março pode não existir uma cota para os produtores membros da Opep.”
O caso fez com que o mercado entrasse em uma espiral, com mais de 1 milhão de contratos do produto dos Estados Unidos negociados durante o dia. Os futuros do petróleo norte-americano terminaram a sessão com queda de mais de 10%, a maior baixa diária desde 2014. Na semana, mais de 4,58 milhões de contratos do primeiro mês do WTI trocaram de mãos, o que torna esta a semana mais movimentada da história para o vencimento.
Já o petróleo dos EUA cedeu US$ 4,62, ou 10,1%, e encerrou o dia cotado a US$ 41,28 o barril, nível mais baixo de fechamento desde agosto de 2016.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de US$ 4,72, ou 9,4%, a US$ 45,27 por barril, o recuo mais acentuado desde dezembro de 2018. Este é o menor valor de fechamento do valor de referência internacional desde junho de 2017.
Ambos os contratos acumulam perdas de mais de 30% no ano até este momento.