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Preço da cesta básica tem alta em outubro em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese

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Somente Salvador e Curitiba registraram queda no preço médio da cesta básica. Maiores altas foram registradas em Brasília e São Paulo. Óleo de soja registrou alta nos preços em todas as capitais, assim como o arroz. Ambos têm pressionado a inflação de alimentos no país.
Reprodução/TV Morena
Dados divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o preço médio da cesta básica teve alta em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo órgão, com impacto da alta nos preços de óleo de soja e arroz.
Somente em Salvador e em Curitiba o preço da cesta básica diminuiu – -1,05% e -0,60%, respectivamente.
Cesta básica tem alta nos preços em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese em outubro.
Economia/G1
Inflação acelera para 0,86% em outubro, maior alta para o mês desde 2002
A maior alta na comparação com setembro foi observada em Brasília (10,03%), seguida por São Paulo (5,77%) e Campo Grande (5,54%).
O valor médio da cesta básica variou de R$ 436,76 em Natal e R$ 595,87 em São Paulo.
Preço médio da cesta básica em outubro variou de R$ 436,76 em Natal a R$ 595,87 em São Paulo
Economia/G1
O Dieese destacou que, no ano, o preço do conjunto de alimentos subiu 17,64% e, em 12 meses, 25,82%.
A alta quase generalizada entre as capitais reflete o avanço da inflação no país, que tem sido puxada pela alta nos preços dos alimentos. Conforme divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Ipca) avançou 0,86% em outubro, pressionado, sobretudo, pelas altas nos preços do arroz e do óleo de soja.
Óleo e arroz, os vilões da inflação de alimentos
De acordo com o levantamento do Dieese, o valor do óleo de soja apresentou aumento em todas as 17 capitais pesquisadas, com destaque para Brasília (47,82%), João Pessoa (21,45%), Campo Grande (20,75%) e Porto Alegre (20,22%).
“O alto volume de exportação, a baixa oferta interna devido à entressafra e a elevação do preço do grão no mercado internacional explicam o contínuo aumento de valor do óleo nas prateleiras dos mercados”, avaliou o órgão.
Também houve alta em todas as capitais pesquisadas no preço médio do arroz agulhinha, com variações entre 0,39%, em Aracaju, e 37,05%, em Brasília. Segundo o Dieese, o cereal tem sido impactado, também, pela alta do dólar
“O aumento do preço do grão se deveu à maior demanda por parte das indústrias dos estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e São Paulo, ao aumento das cotações no mercado internacional e às exportações do grão. Mesmo que haja maior oferta, propiciada pelas importações, o câmbio desvalorizado deve manter elevado o valor do arroz comercializado”, apontou.
Já os preços das carnes registraram alta em 16 das capitais pesquisadas, com o aumento variando de 0,50%, em Curitiba, a 11,50%, em Brasília. Somente em Florianópolis foi observada queda nos preços, em média de -10,84%.
Segundo o Dieese, a baixa disponibilidade de animais para abate no campo e a demanda externa elevada resultaram em aumentos de preço das carnes em outubro.
Por sua vez, a batata, pesquisada somente na Região Centro-Sul do país, teve aumento em 10 capitais. As altas oscilaram entre 7,78%, em Campo Grande, e 38,67%, em Goiânia, enquanto Curitiba registrou queda de -6,67%. O preço do tubérculo tem sido impactado pelo fim da colheita de inverno, segundo o órgão.
Com baixa oferta de frutos de qualidade, o tomate registrou alta nos preços em 13 das 17 capitais. O aumento variou de 1,48%, em Belém, a 47,52%, em Brasília. Já as quedas nos preços foram observadas em Salvador (-6,21%), Curitiba (-5,18%), Vitória (-1,36%) e Recife (-1,14%).
Mais da metade do salário mínimo
O Dieese destacou que, considerando o preço da cesta básica mais cara, que foi o de São Paulo, o conjunto de alimentos básicos representou, em outubro, 53,09% do salário mínimo nacional líquido, ou seja, descontada a contribuição previdenciária de 7,5%. Em setembro, essa proporção era de 51,22%.
Além disso, o órgão apontou que o tempo médio de trabalho necessário para um trabalhador poder comprar uma cesta básica passou de 104 horas e 14 minutos em setembro para de 108 horas e 02 minutos em outubro.
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