Turismo

Pirâmides do Egito são reabertas ao público pela primeira vez depois da pandemia

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Um dos locais turísticos mais famosos do mundo ficou fechado por 3 meses. Pirâmides reabriram nesta quarta após estarem fechadas pela pandemia de coronavírus
Khaled Desouki/AFP
O Egito reabriu suas famosas pirâmides de Gizé ao público nesta quarta-feira (1°), após um fechamento de três meses, buscando reiniciar uma indústria de turismo vital para o país, atingida em cheio pela pandemia do novo coronavírus.
Dezenas de turistas entusiasmados tiravam selfies enquanto passeavam pelo local mais emblemático do Egito. As pirâmides foram a primeira atração turística do país a reabrir, junto com o Museu Egípcio ao lado da Praça Tahrir, no Cairo, marco zero da revolução de 2011.
As autoridades esperam que os turistas voltem a voar para o Egito, depois que os voos internacionais foram retomados na terça-feira, ainda com algumas restrições de viagens.
Guia próximo a pirâmide de Gizé
Khlaed Desouki/AFP
“Viemos às pirâmides hoje porque elas finalmente reabriram depois de ficarem fechadas por muito tempo”, disse Ashiana Love, uma turista australiana. “A energia desse lugar é realmente especial.”
O Egito, país árabe mais populoso, aplicou um toque de recolher noturno de três meses após a primeira infecção por Covid-19, registrada em 14 de fevereiro. O governo fechou museus e sítios arqueológicos, além de lojas, cafés e restaurantes para conter o surto.
O Egito registrou mais de 68.000 casos e quase 3.000 mortes durante a pandemia.
Medidas de segurança
A guia turística Fatma Bayoumy disse que ficou tranquila com as medidas de segurança reforçadas no local.
“Existem muitos procedimentos de proteção adotados antes de entrar nas pirâmides. Eles desinfetam tudo, os visitantes e as malas – é um procedimento seguro”, disse ela numa manhã quente do Cairo.
A pandemia foi um duro golpe para a indústria do turismo no Egito, que representa um quinto do PIB local e emprega cerca de três milhões de pessoas.
O setor sofreu uma década de turbulência desde a derrubada em 2011 do ditador de longa data, Hosni Mubarak, com ataques jihadistas mortais e instabilidade política mantendo muitos turistas afastados.
Mas o Egito se recuperou e conseguiu registrar um número recorde de visitantes – cerca de 13,6 milhões em 2019.
O ministro do turismo do país, Khaled El-Enani, disse no início deste mês que o banco central destinou até 50 bilhões de libras egípcias (US $ 3 bilhões) em empréstimos para apoiar o setor.