Economia

Petrobras anuncia acordo com trabalhadores sobre demissões em fábrica de fertilizantes

Petrobras anuncia acordo com trabalhadores sobre demissões em fábrica de fertilizantes thumbnail

Na semana passada, ministro do TST apresentou proposta para aumentar valor da indenização a ser paga aos trabalhadores demitidos. Fábrica da Petrobras no Paraná será fechada. A Petrobras informou nesta quarta-feira (4) que aceitou o acordo proposto pelo ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), sobre a demissão dos trabalhadores da Araucárias Nitrogenados S.A. (Ansa), no Paraná. A categoria também informou ter aceitado a proposta.
O acordo é resultado das negociações para pôr fim à greve da categoria, que durou 20 dias.
Na semana passada, Ives Gandra propôs à Petrobras elevar o valor da indenização a ser paga aos trabalhadores da subsidiária da Petrobras.
Pelo acordo aprovado, os trabalhadores que se comprometerem a não acionar a Justiça após a demissão poderão receber indenização de R$ 110 mil a R$ 490 mil.
Pelo acordo, os trabalhadores também terão:
manutenção do plano médico e odontológico, benefício farmácia e auxilio educacional por até 24 meses;
assessoria para recolocação profissional.
quem não aceitar abrir mão de questionamento judicial receberá indenização de R$ 60 mil a R$ 210 mil.
A oferta inicial da Petrobras, anunciada em janeiro, previa indenização de R$ 50 mil a R$ 200 mil, dependendo do tempo de serviço e do salário do trabalhador.
Fechamento da fábrica
Em janeiro, a Petrobras anunciou que as atividades da Ansa serão encerradas e que os 396 empregados da sua subsidiária serão demitidos.
A fábrica de fertilizantes foi adquirida da Vale pela Petrobras em 2013, segundo a empresa, historicamente o negócio demonstram falta de sustentabilidade. De acordo com a Petrobras, de janeiro a setembro de 2019, a Araucária Nitrogenados gerou um prejuízo de quase R$ 250 milhões. Para o final de 2020, as previsões indicam que o resultado negativo pode superar R$ 400 milhões.
A empresa argumenta que hoje, a matéria-prima usada na fábrica, o resíduo asfáltico, está mais cara do que seus produtos finais – amônia e ureia.