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Operação Burulano cumpre 22 mandados de busca e apreensão contra fraudes em licitações no DNIT

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)

Polícia Federal realiza hoje (26), operação contra fraudes em licitações do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT). Cerca de 100 policiais cumprem 22 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em São Paulo.

Conforme os policiais, a ação investiga esquema de fraudes em pregões eletrônicos usados para aquisição de móveis pelo órgão. Além dos mandados, a 15ª Vara Criminal Federal do Distrito Federal também determinou bloqueio de bens e valores que somam R$ 12 milhões.

As fraudes nas licitações, segundo a PF, ocorreram entre 2016 e 2017. As investigações identificaram que houve esquema superfaturado na compra de móveis pelo DNIT.

A investigação começou em 2020, a partir de auditoria realizada pela Secretaria de Controle Externo de Contratações Logísticas do Tribunal de Contas da União (Selog/TCU), que revelou existência de um “possível esquema de direcionamento ilícito em pregões eletrônicos e superfaturamento na aquisição de mobiliário para diversos órgãos públicos”.

As supostas fraudes, ainda de acordo com a polícia, influenciavam em licitações realizadas por outros órgãos do governo federal, que usavam os preços do DNIT como base para compras de mobiliário. A prática, segundo os investigadores, configura possível existência de um cartel entre empresas com atuação em licitações da administração pública federal.

“Isso possibilitou a aquisição de móveis por outros órgãos sem a realização de licitação, procedimento conhecido como adesão de órgãos caronas, em burla à obrigatoriedade de realização de licitações e aos princípios correlatos mais caros estabelecidos pela Constituição da República e pela Lei de Licitações”, informou a PF.

Segundo a polícia, os suspeitos devem responder pelos crimes de peculato e fraude à licitação, com penas de prisão, que podem chegar a 16 anos. A operação foi batizada de “Burolano”, que significa “o burocrata que trabalha nos escritórios”, segundo a PF.

Fonte: G1

Foto:EBC

Por: Renato Riella