Economia

Nômades digitais: startup em Portugal recebe inscrições para quem quer local para trabalhar à distância

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Ilha da Madeira criou vila na Europa para receber trabalhadores de diversos países. Espaço de escritórios e internet são gratuitos, mas aluguel de apartamento custa, em média, mil euros (cerca de R$ 6.500). Ilha da Madeira cria vila para atrair nômades digitais
A Ilha da Madeira, região autônoma de Portugal, criou uma vila para atrair os profissionais conhecidos como nômades digitais. São as pessoas que não têm uma casa fixa e podem trabalhar de qualquer lugar do mundo, remotamente.
A iniciativa é inédita na Europa e é liderada por uma startup, com o apoio do governo regional. A proposta é movimentar a economia local ao oferecer um local paradisíaco para os trabalhadores.
“Nosso objetivo não é só trazer pessoas à Ilha da Madeira e deixá-las trabalhar na Madeira, mas sim que as entidades privadas possam ajudar, possam ganhar dinheiro com isso e que a economia local possa se beneficiar”, disse Carlos Lopes, diretor da startup responsável pelo projeto.
As estações de trabalho na ilha e a conexão de internet durante o expediente são gratuitas. Para garantir uma vaga é preciso se inscrever e aguardar a reposta dos organizadores.
É preciso ainda ter um passaporte europeu ou um visto especial para nômades digitais. A vila se prepara para receber trabalhadores de mais de 10 nacionalidades – profissionais que não forem europeus só podem permanecer por até seis meses.
Por outro lado, o custo com a moradia. O aluguel de um apartamento de dois quartos custa mil euros (cerca de R$ 6.500, na cotação atual).
Dos 5 mil inscritos até agora, 400 são brasileiros. São gerentes de empresas, pessoas do esporte, da yoga, advogados, designers, agentes de viagens, tradutores – trabalhadores que precisam somente de uma boa conexão de internet e de um espaço de trabalho.