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Namíbia pelos olhos de quem conhece seu potencial

Apesar de ainda ser um destino pouco procurado por turistas, o país africano vem atraindo brasileiros em busca de belas paisagens

 

“Quando eu cheguei ao Brasil, fiquei muito confuso”. Foi o que pensou o embaixador da Namíbia, Sr. Samuel Nuuyoma. “A atitude e a maneira como as pessoas vivem aqui são bem parecidas com o povo da Namíbia”.

A diferença de idiomas entre os dois países não foi barreira para que o diplomata, servindo pela primeira vez em um país da América do Sul, percebesse um traço comum entre os dois países: a hospitalidade.

Se sentir acolhido em um país diferente é um ponto importante para quem viaja pelo mundo. Talvez isso explique a crescente procura da Namíbia como destino turístico por parte de brasileiros.

Ainda que países como África do Sul e Tanzânia sejam os primeiros que venham à cabeça de muitos quando o assunto é turismo no continente africano, as riquezas pouco exploradas da Namíbia têm muito a oferecer aos viajantes de todo o mundo.

Além de receber bem seus turistas, o país possuí grandes belezas naturais, como o Etosha National Park, repleto de animais, ideal para quem busca safáris; as dunas de quase 400 metros de altura do Sossusvlei; e o Fish River Canyon, o segundo maior do mundo.

Brasileiros que procuram conhecer um pouco mais da riqueza cultural e geográfica do continente africano encontram outro facilitador na hora de escolher a Namíbia como destino. Turistas vindos do Brasil não precisam de visto, assim como acontece com cidadãos namibianos que viajam para cá.

As crescentes relações comerciais entre os dois países também pode ser explicação para a essa aproximação cada vez maior entre os dois povos. Boa parte do açúcar e arroz que abastecem a Namíbia e países de fronteira, por exemplo, são exportados do Brasil.

Segundo o embaixador Samuel Nuuyoma, um dos objetivos de seu trabalho por aqui é fortalecer e desenvolver novas relações mais diretas com o Brasil. Começando pela exportação de produtos vindos da pesca, atividade que faz parte do ramo das principais atividades econômicas do país africano.

“O Brasil compra peixe da Espanha, mas o peixe que eles vendem, vem da Namíbia. Por isso, o peixe aqui é tão caro. Eu quero desenvolver uma relação de comprar desse peixe direto com a Namíbia. A distância é bem pequena entre os dois países, leva no máximo duas semanas de barco”.