Nesta segunda (17), Ives Gandra Filho, do TST, considerou greve abusiva e ilegal e autorizou sanções a petroleiros. Categoria informou que vai recorrer da decisão e que greve continua. Petroleiros dizem que irão recorrer de decisão de ministro do TST e que greve continua
O ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), informou nesta terça-feira (18) que aceita mediar as negociações entre a Petrobras e os trabalhadores em greve. O ministro condicionou a mediação, porem, à suspensão da greve, que já dura 18 dias.
Ives Gandra deu a informação em uma reunião com parlamentares e representantes dos trabalhadores da Petrobras, em Brasília.
Nesta segunda (17), o ministro atendeu a um pedido da Petrobras e considerou a greve abusiva e ilegal. Ives Gandra também autorizou a estatal a tomar “medidas administrativas cabíveis”, como cortes de salários e sanções disciplinares.
Segundo o ministro, a decisão proibiu paralisações de petroleiros até o TST dar a palavra final sobre o tema. O tribunal se reunirá no próximo dia 9 de março para julgar o caso.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), contudo, informou nesta terça que a greve será mantida e que a categoria irá recorrer da decisão.
A greve
A paralisação começou em 1º de fevereiro. A categoria pede a suspensão das demissões em uma subsidiária da Petrobras, a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen).
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), as demissões afetam mais de mil famílias.
Pela decisão de Ives Gandra, em caso de descumprimento da decisão desta segunda (17), os sindicatos deverão pagar de R$ 250 mil a R$ 500 mil por dia, a depender do porte da entidade, além de ter contas bloqueadas.
Fábrica de fertilizantes da Petrobras
Também nesta terça, a desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 9ª Região, suspendeu a demissão dos trabalhadores da Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da Petrobras localizada em Curitiba (PR).
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