Economia

Mercedes-Benz suspende produção no Brasil por agravamento da pandemia

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Paralisação vai do dia 26 de março até 5 de abril, nas fábricas de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG). Volkswagen também interdita fábricas por 12 dias corridos, a partir de 24 de março. Fábrica da Mercedes-Benz em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Divulgação
A Mercedes-Benz do Brasil vai suspender a produção em suas fábricas no país por conta do agravamento da pandemia do coronavírus. A paralisação atinge as fábricas de veículos comerciais de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG).
A priori, a motadora para suas máquinas do dia 26 de março até 5 de abril. Dali em diante, dará férias coletivas para grupos alternados de funcionários, para reduzir a circulação dentro das plantas fabris.
Volkswagen suspenderá produção no Brasil por agravamento da pandemia
Os funcionários da área administrativa da Mercedes-Benz não serão afetados, pois estão em regime de trabalho remoto. De acordo com a empresa, as concessionárias e oficinas permanecem em funcionamento normal, seguindo medidas preventivas contra a Covid-19.
“O nosso intuito, alinhado com o Sindicato dos Metalúrgicos, é contribuir com a redução de circulação de pessoas neste momento crítico no país, administrar a dificuldade de abastecimento de peças e componentes na cadeia de suprimentos, além de atender a antecipação de feriados por parte das autoridades municipais”, diz comunicado da Mercedes-Benz.
Volkswagen
‘Nossa ação não são férias, é para ficar em casa’, afirma presidente da Volkswagen
A Volkswagen anunciou no dia 19 que também suspenderia a produção de veículos no Brasil pelo agravamento da pandemia da Covid-19, entre os dias 24 de março e 4 de abril.
A paralisação atinge as quatro fábricas da marca no país: São Bernardo do Campo (SP), que produz os modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro, Taubaté (SP), que faz Up, Gol e Voyage, São Carlos (SP), responsável pela produção de motores, e São José dos Pinhais (PR), de onde saem Fox e T-Cross.
De acordo com a marca, a decisão foi tomada diante do crescimento do número de casos da pandemia e da taxa de ocupação dos leitos de UTI no país. No caso da Volkswagen, serão mantidas atividades essenciais nas fábricas e os funcionários das áreas administrativas atuarão em home office.
Produção de veículos na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP)
Divulgação/Volkswagen
Sindicato apoia paralisação
Na ocasião da decisão da Volkswagen, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC já pedia paralisação das fábricas da região. A entidade reforçou segue em contato com as outras montadoras, como Toyota e Scania, reivindicando a suspensão das atividades.
O presidente do Sindicato, Wagner Santana, disse à época que ainda não houve acordo com todas as empresas, mas que a entidade “vai orientar seus associados a abrir negociação com os sindicatos responsáveis por cada planta produtiva, para discutir a situação e a possibilidade de parada, caso a caso”.
Também em nota, a Anfavea, associação das fabricantes, disse que acompanha “com muita atenção essa nova fase da pandemia” e que a decisão de paralisações espontâneas está a cargo de cada fabricante, em diálogo com os sindicatos.
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