Economia

Lucro da Neoenergia cresce 75,1% no 4º trimestre

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O grupo registrou lucro líquido de R$ 618,4 milhões no período. O grupo Neoenergia registrou lucro líquido de R$ 618,4 milhões no quarto trimestre de 2019. O valor foi 75,1% superior ao observado em igual período do ano passado.
Na mesma comparação, a receita líquida avançou 8,6%, para R$ 7,216 bilhões, e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 43%, totalizando R$ 1,513 bilhão.
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Divulgação/Neoenergia
Com o resultado do último trimestre, a companhia fechou o seu primeiro resultado anual pós-IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações) com um lucro líquido de R$ 2,229 bilhões. O resultado, 45,1% superior ao apurado em 2018, também marcou a primeira vez que a elétrica superou a cifra de R$ 2 bilhões na última linha do balanço.
Na mesma comparação, a receita líquida cresceu 9,4% em 2019, para R$ 27,6 bilhões, e Ebitda avançou 25,6%, totalizando R$ 5,72 bilhões. Do total do Ebitda anual, 84,8% são relativos ao negócio de redes (distribuição e transmissão), 10,7% da área de geração de energias renováveis e 4,5% do negócio destinado ao mercado livre.
Energia distribuída
Segundo a empresa, no quarto trimestre do ano passado, o volume de energia distribuída somou 15,496 gigawatts-hora (GWh), com crescimento de 4,4%. Com isso, em 2019, o volume total alcançou 58.918 GWh, com crescimento de 3,9%, na comparação com o ano anterior.
Ao todo, a Neoenergia registrou uma expansão líquida de 257 mil novos consumidores nas suas quatro distribuidoras: Coelba (BA), Cosern (RN), Celpe (PE) e Elektro (SP).
Segundo o diretor-presidente do grupo, Mario Ruiz-Tagle, os resultados do quarto trimestre de 2019 e do ano passado como um todo foram impulsionados pelo crescimento do mercado das distribuidoras do grupo, acima do crescimento estimado da economia brasileira no mesmo período, e pelo controle de custos.
As despesas com pessoal, material serviços e outros (PMSO) do grupo em 2019 foi de R$ 3,180 bilhões, com crescimento de 3% sobre o ano anterior, abaixo da inflação acumulada para o período. Desconsiderando efeitos não-recorrentes, porém, o PMSO recuou 0,2%, para R$ 3,081 bilhões.
“O resultado [de 2019] é, sem dúvida, histórico. Mas o fato de acontecer depois do IPO representa a coerência da mensagem que passamos para os investidores. Temos um plano de crescimento orgânico, de criação de valor, dentro de nossa área de concessão de distribuição, executando nosso plano de construção de investimentos que tínhamos ganho na transmissão e sinalizando que continuaremos crescendo, tanto em transmissão quanto no negócio de geração renovável”, afirmou Ruiz-Tagle.