Economia

Lucro da Cosan cai 40,3% no quarto trimestre de 2019

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A companhia de energia registrou lucro líquido de R$ 792,5 milhões no período. Raízen em Araraquara
Reprodução/ EPTV
A Cosan informou, na noite desta sexta-feira (14), que obteve, no quarto trimestre, um lucro líquido de R$ 792,5 milhões, um recuo de 40,3% em relação aos R$ 1,3 bilhão apurados no mesmo período de 2018.
O resultado foi prejudicado pelo registro de uma despesa financeira líquida de R$ 160 milhões, nos últimos três meses do ano passado, revertendo a receita financeira registrada em 2018, junto com o registro de outras despesas operacionais de R$ 106 milhões, revertendo a receita de R$ 879,3 milhões apurada em 2018.
Estes dois fatores acabaram ofuscando o aumento de 22,6% da receita líquida, para R$ 3,4 bilhões, que resultou em lucro bruto de R$ 1 bilhão, alta de 58,4%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recuou 33%, para R$ 1,2 bilhão, atingindo uma margem de 34,3%.
Raízen e Comgás
Olhando para as unidades da Cosan, a Raízen Combustíveis apresentou um aumento de 5,3% no volume de combustíveis vendidos. Junto com os maiores preços dos produtos, a receita operacional líquida cresceu 8%, para R$ 23,6 bilhões. O Ebitda aumentou 2,2 vezes, para R$ 2 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado, que exclui itens não recorrentes, somou R$ 951 milhões, alta de 16,4%, por conta do maior volume de vendas e ganho com a estratégia de suprimentos e comercialização.
As operações na Argentina tiveram queda de 12% na receita, para US$ 747 milhões, por causa dos preços menores de venda, considerando o congelamento de preços imposto pelo governo do país em 2019. O volume de vendas ficou estável, com as vendas de gasolina e diesel subindo 10% e o segmento de aviação apresentando recuo de 7%.
A receita líquida da Raízen Energia alcançou R$ 8 bilhões, alta de 38%, devido, principalmente, ao maior volume vendido de etanol e pelos melhores preços médios tanto de etanol quanto de açúcar.
Na Comgás, a receita cresceu 32%, para R$ 2,5 bilhões, em razão do repasse do aumento do custo de gás e transporte nas tarifas definidas pela agência reguladora, na revisão tarifária quinquenal de maio de 2019.