Destaque Economia Últimas Notícias

JUROS VÃO A 3,5% E DEVEM SUBIR MAIS EM JUNHO

JUROS VÃO A 3,5% E DEVEM SUBIR MAIS EM JUNHO

Em meio ao aumento da inflação de alimentos, combustíveis e energia, o Banco Central (BC) subiu os juros básicos da economia em 0,75 ponto percentual pela segunda vez consecutiva.
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic de 2,75% para 3,5% ao ano.

O BC indica que deve elevar a taxa Selic em 0,75 ponto percentual na próxima reunião, em 15 e 16 de junho.
Essas medidas relativas à Selic têm como principal causa o aumento da inflação, que atinge níveis acima de 5% ao ano neste momento.

REPERCUSSÃO – Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou de “equivocada” a decisão de reajustar a Selic. Lembra que a economia vinha se recuperando no início do ano, mas voltou a desacelerar por causa da segunda onda de casos de covid-19.
A CNI acha que, nesse momento, as medidas deveriam ser para estimular o crédito para consumidores e para empresas.

“No entanto, esse segundo aumento da Selic, de forma bastante expressiva, aumenta o custo do financiamento e não contribui para a retomada da economia”, destacou a CNI.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ressaltou que muitos setores precisariam de juros mais baixos neste momento.

PATENTES – O Governo de Joe Biden decidiu apoiar a suspensão de direitos de propriedade intelectual sobre as vacinas contra Covid-19.
Isto é: quebra de patentes.

É uma ideia proposta por países como Índia e África do Sul na Organização Mundial do Comércio (OMC), para permitir a suspensão de patentes dos imunizantes.

A ideia dos EUA é facilitar a transferência de tecnologia e possibilitar a produção das vacinas em nações que estão atrás na corrida pela imunização.

O tema é polêmico e vem sendo tratado em projeto que está em tramitação no Brasil, no Congresso Nacional.

INDÚSTRIA – A produção industrial no Brasil caiu em março, pelo segundo mês consecutivo.
O recuo de março foi puxado principalmente pela queda na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias.
Os dados são da PIM (Pesquisa Industrial Mensal), do IBGE.

A queda da produção industrial em março foi de 2,4% em relação a fevereiro, que já tinha registrado perda de 1%.

TEICH – Ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, no Senado, que deixou o cargo por discordar do Presidente Bolsonaro na defesa de uso do medicamento cloroquina.

Negou outras interferências na sua administração. Teich foi moderado nas suas declarações.

Ele afirmou que não autorizou nem a fabricação nem a distribuição da cloroquina.

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, serão ouvidos hoje na CPI da Pandemia.

BRASIL – Balanço da vacinação contra Covid-19 no Brasil aponta que 33.404.333 pessoas receberam a primeira dose, o que representa 15,77% da população brasileira.

O Brasil chegou a 414.399 mortos por covid-19. Nas últimas 24 horas, foram 2.811 óbitos.

COMPRAS – Presidente Jair Bolsonaro assinou a Medida Provisória 1.047, que reestabelece medidas excepcionais para aquisição de bens, contratação de serviços – inclusive de engenharia – e insumos destinados ao enfrentamento à Covid-19.

ECONOMIA – Dólar fechou ontem a R$ 5,365, com recuo de R$ 0,066 (-1,21%).
Índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, atingiu 119.564 pontos, com alta de 1,57%.
As ações da Petrobras, as mais negociadas no Ibovespa, tiveram altas superiores a 4%, impulsionadas pelo aumento da demanda internacional de petróleo.
Por RENATO RIELLA

Foto: Luís Fernando Vilanova