Após anunciar a construção de uma cerca na fronteira com a Bolívia , o governo de Javier Milei pretende intensificar o controle na divisão da Argentina com o Brasil . A ministra da Segurança, Patricia Bullrich , afirmou que a fronteira entre os dois países apresenta vulnerabilidades, permitindo a passagem de pessoas a pé com facilidade.
“Vamos para a fronteira em missões com o Brasil, que é uma fronteira onde se passa a pé em vários pontos, e onde houve assassinos e problemas” , disse Bullrich em entrevista à rádio Mitre.
A fronteira entre Brasil e Argentina possui 1,2 mil km , dos quais apenas 25 km são divididos por cursos d’água. Além da criminalidade, o ministério citou o contrabando de mercadorias , impulsionado pelas diferenças cambiais entre os dois países.
“Há momentos em que produtos saem da Argentina para o Brasil porque são mais baratos. Agora, os contrabandistas tentam trazer produtos ao país sem pagar impostos” , explicou Bullrich.
Ela destacou como pontos críticos as cidades de Bernardo de Irigoyen (ARG), Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR) , onde, segundo a ministra, as comunidades vivem de maneira totalmente integrada.
Aumento da fiscalização em outras fronteiras
Além do Brasil, a Argentina pretende reforçar a segurança na divisa com o Paraguai . No entanto, por enquanto, não há previsão para a construção de cercas nessas áreas.
O governo Milei já anunciou uma barreira de aço de 2,8 metros com arame farpado na fronteira com a Bolívia, alegando que a região sofre com o tráfico de drogas. Cerca de 200 metros serão instalados em Águas Blancas , na divisão com a cidade boliviana de Bermejo .
“Estamos fortalecendo passo a passo as diferentes fronteiras” , afirmou Bullrich.
Fonte:Blog do Riella
Foto:Metrópoles
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