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GOVERNO CONTROLA POLÊMICAS

Áreas diversas do novo Governo Federal se mobilizaram ontem para tentar tranquilizar o mercado, diante de notícias controversas sobre medidas polêmicas que poderiam ser adotadas, segundo declarações de diversos ministros.

Nessa linha, Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Governo anunciará as primeiras decisões econômicas na próxima semana. Na verdade, a principal expectativa é o anúncio da reforma tributária, reivindicada desde os últimos governos.

Ministra do Planejamento, Simone Tebet, será empossada hoje no Palácio do Planalto.

MINISTROS – Amanhã, 9h30, Presidente Lula se reúne com os 37 ministros, que já começam a propor planos e projetos. Isso requer ordenamento das informações, para não gerar repercussões negativas.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, por exemplo, anunciou recadastramento de armas e a criação de um grupo de trabalho interministerial para reavaliar a regulamentação de armamentos no Brasil. Essa medida precisa ser melhor explicada.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou que “o Brasil está de volta” e que deve retomar o protagonismo no cenário internacional.

DESENVOLVIMENTO – Vice-presidente Geraldo Alckmin assumiu o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, pasta desmembrada do Ministério da Economia.

Disse que o fortalecimento da indústria passa pela redução do custo Brasil e pela melhoria do ambiente de negócios. E defendeu a reforma tributária.
Alckmin falou do esforço de reindustrializar o Brasil, para aperfeiçoar ainda mais a nossa agroindústria e todo o parque industrial.

Afirmou que, em 2021, a produção industrial brasileira respondeu por 11,3% das riquezas geradas no Brasil.
Apesar disso, o setor responde por 69% de tudo que é investido em pesquisa e desenvolvimento e por cerca de um terço da arrecadação tributária.

GOVERNADORES – Presidente Lula vai se reunir com os 27 governadores no dia 27, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Governador Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, havia proposto esta reunião na primeira semana do ano, mas o Governo não estava preparado para enfrentar os principais temas, como por exemplo a questão estadual do ICMS dos combustíveis.

Lula anunciou que fará primeira viagem a algum estado brasileiro ainda este mês.

MEIO AMBIENTE – Marina Silva assumiu o cargo de ministra do Meio Ambiente, afirmando que o Brasil “deixará de ser um pária ambiental”.
Anunciou a criação da Secretaria de Controle ao Desmatamento. Foi anunciada a mudança do nome para “Ministério do Meio Ambiente e da Mudança Climática”.

CNH – Desde o dia 2, o prazo nacional para renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) voltou a ser de 30 dias. A regra vale para condutores com documentação vencida a partir de 1º de janeiro.

Pelas regras do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conduzir veículo com a carteira vencida é infração gravíssima, punida com multa de R$ 293,47, além da perda de sete pontos na Habilitação.

VACINA – Ministério da Saúde recomenda aplicação de dose de reforço da vacina Covid-19 para todas as crianças entre 5 e 11 anos.
Intervalo entre a segunda dose e o reforço deverá ser de quatro meses.

IMPOSTÔMETRO – Impostos pagos pelos contribuintes brasileiros em 2022 totalizaram R$ 2.890.489.835.290,32, de acordo com o Impostômetro, painel da Associação Comercial de São Paulo.
Em 2021, foram R$ 2,6 trilhões, com aumento de 11,5%.

PETROBRAS – Presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, renunciou ao cargo, para ser Secretário de Gestão e Governo Digital no Governo de São Paulo.
Assume interinamente o diretor executivo de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen.

POSTOS – Ministério da Justiça notificou oito entidades representantes de postos de combustíveis para explicar o aumento no preço da gasolina, no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

No DF, a apuração está sendo feita diretamente pelo Procon, que apura a venda do litro de gasolina a R$ 6,00, sem aumento de preços nos impostos nem na Petrobras.

ECONOMIA – Com três dias de queda, a Bolsa de Valores recuperou-se, após novas declarações do presidente indicado da Petrobras, Jean Paul Prates, que amenizarem o mau-humor dos investidores.

O índice Ibovespa encerrou o dia de ontem aos 105.334 pontos, com alta de 1,12%.
A alta da Bolsa foi puxada pelas ações da Petrobras, que subiram após o senador Jean Paul Prates descartar intervenção no preço dos combustíveis e avaliar que os preços terão a cotação internacional como referência.

Dólar fechou o dia com alta de apenas 0,01%, chegando a R$ 5,47.

Outro fator de tranquilização do mercado ocorreu quando o Governo anunciou formalmente que não pretende fazer revisão da reforma da Previdência.
Por RENATO RIELLA