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'Faz 15 dias que aguardo por uma resposta', diz dono de indústria que busca crédito em banco de fomento

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O dono da indústria de irrigação Regatec, Danny Braz, procura por financiamento para manter a empresa em dia e não demitir funcionários. Capital de giro da empresa está prestes a acabar. Não está fácil a busca do dono da indústria de sistema de irrigação Regatec, Danny Braz, por linhas de crédito para capital de giro. Se, por um lado, ele observa que as taxas de juros não estão tão atrativas, por outro, quando ele encontra uma linha que cabe no seu bolso, ele encontra dificuldades para acessar.
Já faz mais de duas semanas que o empresário aguarda por um retorno de uma consulta sobre uma linha de crédito para capital de giro da Desenvolve SP, um banco de fomento do governo do estado de São Paulo.
“Já liguei lá, mas eles não atendem e a orientação é para fazer a consulta no site. Já mandei e-mail, mas eles não respondem. Faz 15 dias que eu aguardo por uma resposta e nada. Acho que eles não devem estar dando conta de atender todos os pedidos”, diz Braz, que já foi cliente da Desenvolve SP
Com recurso em caixa prestes a terminar, Braz precisa de crédito para conseguir manter a sua empresa em dia e não demitir funcionários. Ele ainda não entrou no vermelho, mas desde o início da pandemia do novo coronavírus, o seu faturamento caiu muito, mas as despesas só cresceram.
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Dono da Regatec, Danny Braz
Divulgação
A receita das vendas de março e abril da Regatec foi metade das entradas de janeiro e fevereiro. Além dos gastos recorrentes, a empresa teve que aumentar o seu investimento em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), porque as execuções das obras em andamento continuaram.
“As obras que já começaram continuam, mas não tivemos novos contratos. As novas vendas pararam bruscamente, mas a despesa cresceu”, diz.
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Enquanto ainda tem algum capital em caixa, Braz corre contra o tempo para conseguir financiamento. Ele conta que pesquisou as linhas de financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF), mas disse que as condições não são muito atrativas para ele. “As taxas de juros que eles estão oferecendo estão iguais a antes da pandemia”, diz Braz sobre as linhas que ele consultou.
“Nós pesquisamos nos bancos privados. Mas as taxas dos bancos públicos são melhores. Banco particular não ajuda nada nessa hora”, diz Braz.
Da Desenvolve SP, ele aguarda por uma resposta de uma linha voltada para as empresas que são filiadas ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (CREA-SP). Essa modalidades oferece condições especiais para o setor tanto para capital de giro, como para financiamento de projetos de expansão e aquisição de máquinas e equipamentos.
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Empresa esperava retomada em 2020
Braz conta que o início deste ano foi um período de esperança. O faturamento da companhia no primeiro trimestre de 2020 foi o melhor em 10 anos. Desde o início da crise hídrica, em 2008, a companhia vinha enfrentando dificuldades para retomar o ritmo de produção de antes. A empresa trabalha na implantação de sistemas de irrigação em prédios corporativos e residenciais de alto padrão por todo o Brasil.
A companhia também encontrou no meio do caminho a recessão de 2015 e 2016, o baixo crescimento de 2017 a 2019 e, agora, uma forte recessão em decorrência do isolamento social provocado pela pandemia.
No momento, o foco da empresa é tentar não perder as atuais vendas e conseguir financiamento para se manter saudável.
“Ao menos as pessoas estão tendo mais tempo para fazer cotação. Nós aumentamos absurdamente nosso trabalho com a realização de orçamento. Mas não fecham mais obras como antes”, diz Braz.

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