Por Voz de Brasília
O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió (AL), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A detenção ocorreu por volta das 4h da manhã, no momento em que o ex-presidente se deslocava para Brasília, segundo informações da defesa.
Collor está custodiado na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana.
Em nota oficial, a defesa informou:
“A defesa do ex-presidente da República Fernando Collor de Mello confirma sua prisão hoje, 25 de abril, em Maceió, às 4 horas da manhã, quando estava se deslocando para Brasília para cumprimento espontâneo da decisão do ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento.”
Condenação
A ordem de prisão foi expedida após o STF rejeitar um segundo recurso apresentado pela defesa, mantendo a condenação de Collor a oito anos e dez meses de prisão, imposta em maio de 2023.
A condenação decorre de sua participação em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a BR Distribuidora — atualmente conhecida como Vibra Energia — no contexto da Operação Lava Jato. As investigações apontaram que o ex-presidente recebeu vantagens indevidas para facilitar a celebração de contratos com a estatal.
A acusação teve como base a delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da empreiteira UTC.
Além da pena de prisão, o STF impôs outras sanções:
-
Pagamento de 90 dias-multa;
-
Indenização de R$ 20 milhões à União, solidariamente com outros dois réus;
-
Proibição de exercer cargo público por período equivalente ao dobro da pena aplicada.
Histórico
Fernando Collor de Mello foi presidente do Brasil entre 1990 e 1992, tendo renunciado ao cargo em meio a um processo de impeachment. Após anos afastado da política, voltou como senador por Alagoas. A condenação e a ordem de prisão representam um marco importante na responsabilização de ex-mandatários por atos ilícitos cometidos durante e após o exercício de cargos públicos.
Fonte:CNN
Foto:foto da web





Add Comment