Economia

Eurofarma entra com pedido de registro de companhia aberta na CVM

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Solicitação é na categoria A, que inclui a possibilidade de emissão de ações; não há até o momento um pedido de IPO. A farmacêutica Eurofarma entrou com pedido de registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na categoria A, que inclui a possibilidade de emissão de ações. Ainda assim, não há até o momento um pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que exigiria o protocolo de um prospecto preliminar.
A Eurofarma foi fundada em 1972 pelo casal de imigrantes italianos Galliano e Maria Teresa Billi. Desde o início dos anos 2000 é controlada pelo filho deles, Maurizio Billi. Com receita de R$ 6,2 bilhões em 2020, a empresa é considerada uma das joias da coroa do setor, com atuação em medicamentos de prescrição médica, genéricos, hospitalares e oncológicos.
Farmacêuticas brasileiras estão testando o apetite dos investidores para uma eventual oferta de ações. Em junho, a Eurofarma, com laboratórios espalhados pela América Latina, estava na fase de “non-deal roadshow” – ou seja, fazendo reuniões com investidores para apresentar a empresa ao mercado, ainda sem o compromisso de ir à bolsa.
Em seu site, a Eurofarma define sua visão como o objetivo de ser uma das três maiores farmacêuticas de capital regional da América Latina, líderes em prescrição médica no Brasil e referência em inovação e sustentabilidade. Em agosto, assinou uma carta de intenções com a Pfizer/BioNTech para produzir a vacina contra covid-19.
Segundo o acordo, a Eurofarma receberá o produto de instalações nos Estados Unidos e a fabricação das doses acabadas terá início em 2022. Em plena capacidade operacional, a produção anual deverá exceder 100 milhões de doses. Todas as doses serão distribuídas exclusivamente na América Latina.
Outro pedido
Quem também entrou com pedido de companhia aberta na CVM foi a VTRM Energia, joint venture constituída em 2017 por Votorantim e CPP Investments. Em outubro, a companhia anunciou o plano da criação de uma nova gigante de energia, incorporando integralmente a Companhia Energética de São Paulo (Cesp), na qual já tem uma fatia de 40%.
Com valor de mercado de R$ 17 bilhões, a nova empresa nasce com um parque gerador de 3,3 gigawatts (GW) e receita líquida anual estimada de R$ 5,8 bilhões ao valor de 2020. O balanço da companhia também mostra espaço para acelerar a trajetória de crescimento: a alavancagem é baixa, de 0,7 vez a relação entre a dívida líquida e Ebitda, considerando o aporte de um R$ 1,5 bilhão realizado pelo CPP Investments.